Funcionários do Governo estadual realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (31), como forma de exigir a normalização do atendimento no plano de saúde do Instituto de Previdência dos Servidores (Ipsemg), que vem apresentando problemas. O ato foi realizado em concomitância à paralisação dos professores da rede estadual, que reivindica o cumprimento da Lei do Piso, a recuperação do plano de carreira, o reajuste da tabela salarial dos outros segmentos da educação, além das melhorias no atendimento do plano. Os manifestantes se reuniram na porta do Ipsemg em Juiz de Fora, localizado na Rua Oscar Surerus 250, no Bairro Mariano Procópio.
Segundo a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), Victória Mello, foi entregue um ofício aos responsáveis pelo Ipsemg que exige a normalização do serviço. “É inaceitável que os servidores sejam afetados sob o argumento da falta de repasse da verba, já que o desconto em nosso contra-cheque continua sendo realizado. Alguns trabalhadores estão tendo que marcar exames e pagar particular”, explica. Além disso, ela acrescenta que foi organizado um comitê entre os sindicatos participantes – como o dos professores, dos servidores em saúde, de agentes penitenciários e do Ipsemg – para definir um calendário de atividades para reivindicar a regularização do atendimento.
Nesta terça, a Tribuna publicou matéria que destaca os problemas para conseguir exames e cirurgias pelo plano de saúde. A queixa é de que hospitais têm se negado a realizar os procedimentos devido à falta de pagamento. Segundo Victória, os únicos hospitais da cidade vinculados ao plano são o João Felício e o São Vicente de Paulo (antigo HTO). No João Felício, diz ela, todos os atendimentos foram suspensos e, no São Vicente de Paulo, alguns procedimentos ainda estão sendo realizados. Além disso, clínicas e profissionais conveniados estão se negando a prestar o serviço pelo instituto porque não têm recebido pelos serviços realizados.
O Ipsemg esclareceu, por meio de sua assessoria, que está “regularizando o pagamento às instituições de saúde credenciadas e, assim, espera que seus prestadores de serviços mantenham os atendimentos eletivos, de urgência e emergência”. O instituto enfatizou que foram sanadas as pendências financeiras deixadas pela administração passada.