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PJF atrasa pagamento aos contratados

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Professores contratados pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) para atuar nas escolas municipais durante o ano letivo de 2014 estão preocupados com o não recebimento das rescisões de seus contratos de trabalho, que deveriam ter sido pagas até esta sexta-feira (30). Muitos docentes procuraram a Tribuna para relatar o problema, em detrimento dos recentes acontecimentos envolvendo a Administração Municipal, que encontra-se em débitos com empresas terceirizadas e fornecedores. A Prefeitura se comprometeu, em nota, a realizar os pagamento dos cerca de dois mil contratos na próxima sexta-feira.

Entre as denúncias recebidas pela Tribuna, um professor contratado, que preferiu não ser identificado, contou que nos anos recentes em que esteve a serviço do magistério municipal, esta foi a primeira vez que a Prefeitura teria atrasado o pagamento das rescisões. “Ficamos sem ter um posicionamento a respeito desta situação, que foi tratada de maneira arbitrária. Não temos clareza sobre nossos direitos, já que nosso contrato não define qual regime precisamos cumprir, estatutário ou CLT”.

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Outra professora reclamou do descaso dispensado ao magistério por parte da atual gestão. “Trata-se de um prefeito “descumpridor” dos acordos firmados junto à categoria. Tudo que é discutido durante a greve, não é aplicado depois.” Engrossando o coro, outra docente disse que, no contrato de 2014, não ficou clara a data em que a rescisão seria paga. “Amanhã (hoje) já fazemos a primeira reunião pedagógica. Será a primeira vez que iniciamos o ano letivo sem receber este dinheiro.”

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O Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) condenou o episódio, classificando-o como um absurdo praticado contra a categoria. “Um dos assuntos debatidos na pauta de reivindicação em 2014 foi a revisão destes contratos, pois é sempre este sufoco. Neste ano, se não bastasse, a PJF extrapolou a data, e o dinheiro só sairá em fevereiro”, explicou a coordenadora do sindicato, Aparecida de Oliveira Pinto. A sindicalista certificou à categoria que, se a Prefeitura tem dificuldades financeiras, a área da educação tem recursos garantidos para arcar com as despesas, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Mais uma vez isto fará parte de nossa pauta, que será debatida no dia 26, quando realizamos a primeira assembleia, com paralisação das atividades”, pontuou.

Em nota divulgada na tarde desta sexta, o subsecretário de Pessoas da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH), Alexei Von Randow Xavier, explicou que o atraso se deu por questões operacionais. “Foi necessário aguardar a abertura do sistema orçamentário e financeiro da Prefeitura para o ano de 2015, para operacionalizar o pagamento junto à Secretaria da Fazenda”, informou no comunicado. A assessoria de imprensa da SARH informou que o depósito referente às rescisões de contratos, regidos pela Lei Municipal n° 8.710, totalizará mais de R$ 3 milhões. Segundo o texto, os valores contemplam o “aumento dos investimentos realizados pela PJF visando ao cumprimento da Lei do Piso no tocante à redução da jornada, que estipula um terço para atividades extra-classe.”

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