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Paulo Guedes: ‘Vamos salvar a indústria apesar dos industriais brasileiros’

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Guedes propõe retomar o crescimento da indústria garantindo juros baixos, eliminando a complexidade burocrática e reduzindo impostos (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O economista Paulo Guedes, provável titular do superministério da Economia, disse nesta terça-feira (30), que o ministério da Indústria e Comércio se transformou em “trincheira da primeira guerra mundial” na defesa de protecionismos. Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro vai “salvar a indústria brasileira apesar dos industriais brasileiros”.

“O Brasil está em um processo de desindustrialização acelerada há mais de 30 anos. Eles (MIDC) estão lá com arame farpado, lama, buraco, defendendo protecionismo, subsídio, coisas que prejudicam a indústria, ao invés de lutar por redução de impostos, simplificação e uma integração competitiva à indústria internacional.”

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Segundo Guedes, a proposta do superministério não é fazer uma abertura abrupta da economia, que “mataria a indústria”. Ele propõe retomar o crescimento da indústria garantindo juros baixos, eliminando a complexidade burocrática e reduzindo impostos.

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“O maior símbolo de que os impostos são excessivos é que quem tem lobby consegue desoneração e quem não tem vai para o Refis (programa de refinanciamento de impostos). Se os impostos fossem mais baixos, não precisaria de nada disso”, disse. “A razão de o MIDC estar próximo da Economia é justamente ter uma única orientação sobre tudo isso”, completou.

Subsídio do diesel

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Guedes afirmou que a distribuição de cargos ainda não chegou nas estatais. Perguntado se o grupo já havia discutido uma proposta para o programa de subsídio do diesel, que acaba em 31 de dezembro, ele disse que “chegou a pensar em alguma coisa”, mas não discutiu com o presidente eleito, Jair Bolsonaro. Ele não quis detalhar a proposta.

Comércio bilateral com os argentinos não é prioridade

Paulo Guedes pediu desculpas na manhã desta terça-feira (30), pela forma como se dirigiu ao papel da Argentina na política de comércio exterior do futuro governo, mas voltou a afirmar que a prioridade da política econômica será o ajuste fiscal por meio de corte de gasto e não o comércio bilateral com os argentinos. “O nosso foco, o nosso principal problema são os desequilíbrios internos, o excesso de gasto público. Eu não quis em nenhum momento desmerecer a Argentina, o Mercosul. Eu quis dizer o seguinte: não é minha prioridade. A minha prioridade é o gasto público. Nada contra o Mercosul, nada contra a Argentina. Eu só disse que não é a nossa prioridade. Como eu estava afogado, com muito microfone em cima, disse que não era prioridade”, afirmou Guedes, ainda quando chegou à reunião entre Bolsonaro e seus principais assessores, na casa do empresário Paulo Marinho, na zona sul do Rio.

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Guedes chegou a afirmar que o Mercosul e a Argentina não eram prioridade do futuro governo, ao responder a pergunta de jornalista do jornal El Clarín.

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