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Professores da rede municipal mantêm greve por tempo indeterminado

professores marcelo

Educadores percorreram as ruas centrais da cidade em passeata (Foto: Marcelo Ribeiro)

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Educadores percorreram as ruas centrais da cidade em passeata (Foto: Marcelo Ribeiro)

Reunidos em assembleia na tarde desta quinta-feira (30), os professores da rede municipal de ensino decidiram por unanimidade pela manutenção da greve que já se arrasta há 48 dias. Os docentes voltaram a negar proposta feita pela Prefeitura em mesa de negociação ontem. A decisão deve colocar ainda mais tensão nas conversas entre as partes, já que, por conta do cenário econômico que abala as finanças da União, estados e municípios, o próprio Executivo admitiu ter chegado no limite de concessões nesta última oferta.

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Para justificar a rejeição da proposta, o Sindicato dos Professores (Sinpro) e o comando de greve consideraram que a oferta da Administração Municipal desrespeita a legislação nacional que define o salário inicial dos docentes por não conceder reajuste linear de 13,01%, índice utilizado pelo Ministério da Educação para a correção do peso da categoria em janeiro.

Os professores voltaram a afirmar que as sinalizações do Município quebram o plano de carreira do magistério municipal por sugerir reajustes diferenciados, possibilidade embasada pelo artigo 9° da Lei Municipal 13.012/2014. A revogação do dispositivo é um dos principais pleitos do dispositivo. Até aqui,  a PJF se recusa a retirar o gatilho por considerar que o dispositivo é uma ferramenta para o pleno cumprimento da chamada Lei do Piso. Apesar da consideração, o Executivo admite rever a redação do item.

Na reunião da última quarta-feira, a Prefeitura apresentou a sexta proposta após nove rodadas de negociações entre as partes. Na ocasião, além de sinalizações anteriores, como imediato reenquadramento de professores regentes A (PR-A) em regentes B (PR-B), a Administração propôs a incorporação de abono de formação de R$ 200 ao salário do PR-A a partir de 2016; a incorporação aos salários de 5% relativos à adicional de reunião pedagógica, também a partir do ano que vem; e reajuste linear de 3%, com base no IPCA acumulado entre junho a dezembro de 2014, considerando que o último reajuste dos profissionais foi referente a maio de 2014 e que a data-base da categoria é 1º de janeiro.

Após o encontro, o Executivo afirmou que espera uma contraproposta dos docentes, no sentido de tentar avançar nas conversas. Os professores têm nova assembleia agendada para o dia 7. Até lá, a expectativa é de que seja realizada, pelo menos, mais uma rodada de negociação entre representantes da Prefeitura e dos grevistas.


Ato público

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Após a assembleia, os professores municipais saíram em passeata por algumas ruas centrais da cidade, como a Floriano Peixoto e a Avenida Geúltio Vargas, retornando ao Calçadão da Rua Halfeld, onde se encontram no momento.  No local, juntamente com os docentes da rede estadual, os docentes participam de um ato público que integra agenda nacional de paralisações dos educadores e acontece em várias cidades do país.

Nesse momento, a passeata passa pela Avenida Getúlio Vargas, que tem o trânsito prejudicado na pista exclusiva de ônibus. De lá, eles voltarão ao calçadão. Entre outros pontos, os manifestantes pleiteiam melhores salários e condições de trabalho para os educadores, protestam contra a chamada “Lei da Terceirização” e se solidarizam com professores no Paraná, onde, ontem, foi registrado enfrentamento entre grevistas e policiais.

No Calçadão, os professores fazem um ato coletivo junto a movimentos sociais, sindicais e estudantis em frente ao Banco do Brasil. De acordo com os manifestantes, a mobilização é em defesa do trabalhador e dos direitos trabalhistas, e faz alusão ao feriado de 1° de maio, em que é comemorado o Dia do Trabalhador.

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