Atualizada às 19h11
O juiz-forano Wadson Ribeiro (PCdoB) é o novo ouvidor-geral do Estado. Presidente estadual do PCdoB e suplente de deputado federal, Wadson teve sua nomeação publicada no último sábado (28) no Diário Oficial de Minas Gerais. Contudo, a posse simbólica deve ocorrer nos próximos dias, provavelmente nesta quarta-feira. Ele irá assumir a Ouvidoria Geral reformulada. Isso porque em uma reconfiguração administrativa feita pelo governador Fernando Pimentel (PT), a pasta irá incorporar a Secretaria Extraordinária de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais.
Dentre as funções mais clássicas da Ouvidoria estão o gerenciamento de críticas, reclamações e sugestões feitas à Administração e a organização de fóruns regionais para a definição de políticas públicas. O órgão é composto por seis áreas especializadas, sendo elas ambiental; educacional; fazenda, patrimônio e licitações públicas; polícia; saúde e sistema penitenciário. O ouvidor tem status similar ao de secretário de estado.
Em contato mantido com a reportagem da Tribuna, Wadson se disse preparado para o novo compromisso. “O governador está fundindo duas estruturas e nos chamou para este desafio. Vamos fazer o papel da ouvidoria clássica, de receber opiniões da população, mas também vamos além disso. O intuito é trabalhar para estar cada vez mais próximo do cidadão, por meio dos fóruns. Principalmente, nas áreas mais sensíveis como a segurança pública, a saúde e a educação, por exemplo. Os fóruns são muito importantes neste sentido, pois tratam de um modelo de planejamento participativo”, afirmou o ouvidor.
Os Fóruns Regionais de Governo foram criados em 2015, primeiro ano da gestão de Pimentel. O intuito do programa é o de dar voz à população mineira nas decisões administrativas do Estado. Assim, o estado foi dividido em 17 territórios de desenvolvimento para aprimorar o planejamento regional, incluindo o Território Mata que abarca a região de Juiz de Fora. Quando da criação da secretaria extraordinária, o deputado estadual Fábio Cherem foi o escolhido para comandar os trabalhos da pasta.
A nomeação de Wadson ocorre nove meses após o juiz-forano deixar o cargo de deputado federal. Nas eleições de 2014, ele obteve 53.733 votos e ficou como suplente. Com a saída de alguns parlamentares para ocupar o primeiro escalão do governo da então presidente Dilma Rousseff (PT), Wadson chegou a assumir uma cadeira entre janeiro de 2015 e abril de 2016. Com o retorno de alguns titulares durante o processo da votação do impeachment de Dilma na Câmara, o juiz-forano retornou à suplência.
Presidente estadual do PCdoB, Wadson também considerou que sua escolha fortalece o partido, que agora passa a ocupar duas secretarias no Governo do petista. “Pessoalmente, fiquei muito honrado. É também um reconhecimento ao partido, que tem se mostrado um aliado importante, sempre se posicionando para colaborar com o êxito das iniciativas propostas pelo atual governo.”
Procurada pela Tribuna, a assessoria da Ouvidoria Geral explicou que o processo ainda está em andamento e não adiantou detalhes. Atualmente, o secretário de Estado Adjunto de Governo, Francisco Eduardo Moreira, responde pela órgão.