O segundo turno deve ter uma abstenção ainda maior que a calculada no primeiro turno em Minas Gerais. De acordo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais, desembargador Alexandre Victor de Carvalho, a expectativa é de que o percentual varie, assim como ocorreu nas eleições de 2018. Em visita a Juiz de Fora, o magistrado destacou que a abstenção varia de acordo com o perfil populacional de cada cidade, mas a média já registrada ainda não se configura como preocupante.
“Em 2018, a média de abstenção foi de 21%, sem a pandemia. Com a pandemia, com o medo e temor das pessoas, nós tivemos uma abstenção girando em torno de 23% no estado. É muito pouco pela situação que passamos”, avaliou. Carvalho visitou a 11ª seção da 152ª Zona Eleitoral, no Colégio Stella Matutina, que projeta uma abstenção na ordem de 30%, o que para o desembargador é um percentual preocupante. “Espero que não seja extremamente elevada. O acréscimo de 2% agora, a mim, não parece absurdo. Não queríamos essa abstenção no Brasil, e acho que a gente tem que trabalhar para reduzir esse número”, observou o presidente do TRE.
O magistrado almoçou na cidade e, em seguida, embarcou para Belo Horizonte, a fim de acompanhar a votação em Contagem. Ainda pela manhã, Carvalho já havia estado em Governador Valadares e afirmou ter conversado por videochamada com a Justiça Eleitoral de Uberaba. Juntamente com Juiz de Fora e Contagem, as cidades são as únicas do estado a ter segundo turno neste ano. “Quando soube que não haveria segundo turno em Belo Horizonte e haveria nessas cidades, defendi que eu estivesse em todas elas”, declarou, lamentando não ter visitado Uberaba por uma dificuldade logística.
Tranquilidade no segundo turno
Até o momento, segundo o presidente do TRE, o estado contabiliza apenas duas ocorrências, ambas em Contagem, envolvendo embriaguez e recolhimento de material de campanha. “Por hora está correndo tudo com muita calma e tranquilidade”, apontou, projetando a divulgação do resultado para até 20h deste domingo. Segundo o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, o atraso na divulgação dos resultados no primeiro turno se deu por problemas técnicos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que assegurou para os órgãos regionais a resolução da questão.
Em Juiz de Fora, Carvalho visitou a seção eleitoral que tem como presidente o juiz Paulo Tristão. Os dois magistrados conversaram sobre o andamento da votação neste domingo, e Carvalho elogiou a atuação de Tristão. “É um exemplo dignificante, de cidadania. As pessoas precisam entender que a Justiça Eleitoral precisa de voluntários”, pontuou.