A Rádio Transamérica entrevistou, nesta terça-feira (29), Fiote (PDT), na série com os vereadores eleitos em Juiz de Fora. Ele vai para o primeiro mandato, após receber 2.530 votos.
Transamérica: Qual vai ser o seu posicionamento em relação ao governo de Margarida Salomão (PT)?
Fiote: Nós estamos com a Margarida Salomão. Eu já deixei bem claro em todas as entrevistas que eu dei em outras emissoras que estou com ela, fechado, porque quando eu mais precisei, a Margarida foi fenomenal. A equipe da Margarida foi tranquila comigo naquele momento. Então, se eu estou aqui hoje, também devo ao trabalho de toda a equipe da Margarida.
Transamérica: Por que o apelido Fiote?
Fiote: A minha mãe só me chamava de Fiotinho. Minha mãe é falecida, vai fazer um ano agora no próximo mês. Sônia de Fátima de Souza. Aí ela não sabia que o Fiotinho ia virar Fiote. Parece que o Fiote agora ficou mais conhecido. Eu já era conhecido, agora eu fiquei mais conhecido ainda depois de ter tido esses 2.530 votos.
Transamérica: Você poderia detalhar um pouco mais das suas metas em trabalhar com infraestrutura?
Fiote: Eu vejo que, por exemplo, lá no meu bairro, no Santo Antônio, que a gente vai pegar muito, nós temos um bairro que está sendo criado, que é o Terras Altas, que ainda está se inovando. Mas a estrutura para ir para o bairro Terras Altas ou para ir para o Santo Antônio está parada no tempo. Então, temos uma Francisco Cerqueira Cruzeiro, que está com muito veículo passando. Nada é resolvido naquela parte. Nós vamos solicitar à prefeita Margarida Salomão que mande uma equipe lá, ver como que está, porque a situação está difícil. Eu estou falando uma dessas coisas, porque são muitas. No Santo Antônio, tem uma rua lá que está fechada há três anos devido às chuvas. Então, já foi anunciado essa semana que vai ser feita a obra. Agora só não sabe quando, porque começou o período de chuva. Provavelmente, só no ano que vem.
Transamérica: Em entrevista para a TV Câmara, você disse que é homossexual. Nessas eleições, a Câmara perdeu a única vereadora que era declaradamente não heterossexual, que era Tallia Sobral (PSOL). A causa LGBTQIA+ vai ser defendida por você nessa próxima legislação?
Fiote: Nós vamos trabalhar para todos os lados. Em todos os lados, em todo sentido. Então nós vamos abraçar todas as causas, até ver como vai ser. Como eu sou marinheiro de primeira viagem, a gente tem que estudar os casos e colocar o gabinete à disposição de todos.
Transamérica: O que você pretende desenvolver no seu mandato sobre a questão de incentivo ao esporte?
Fiote: Lá no Santo Antônio nós temos a praça do bairro, temos o campo, nós estamos fazendo uma obra lá muito boa, que está deixando o campo revitalizado. Vamos revitalizar todo o campo, já colocamos um alambrado novo. Porque o esporte hoje tira de tudo. Tira das malfeitorias, como drogas. O esporte hoje é o carro-chefe de tudo.
Transamérica: Quais vão ser os seus primeiros projetos apresentados na campanha?
Fiote: Os meus projetos eu ainda vou reunir com a minha turma de gabinete, para a gente ver. Eu não tenho nada ainda em pauta, porque, como eu disse para vocês, eu sou novato.
Transamérica: Mas você trabalha no Centro de Atenção ao Cidadão (CAC), então você conhece a dinâmica da Câmara?
Fiote: Lá é muito bom. O CAC é um centro de referência de Juiz de Fora. O trabalho da Câmara Municipal é um trabalho excepcional. Porque o cidadão chega lá, às vezes sem um documento, e a pessoa sai de lá sorrindo. Eu fico muito feliz de ter feito parte, eu agradeço o Zé Márcio [Garotinho (PDT)] por ter me colocado naquele lugar, porque é muito bom quando você vê as pessoas chegando lá desesperadas, a pessoa sai de lá depois te abraçando, tirando foto, porque ela sai de lá com a identidade, ela sai de lá com uma carteira, com uma certidão de nascimento, uma certidão de casamento, para poder resolver sua vida. É muito gratificante. A Câmara Municipal faz um trabalho muito bom nessa parte.
Transamérica: Você trabalha na Câmara, mas não participa daquela discussão dos vereadores. E agora tem aquele embate ideológico, uma Câmara com 23 vereadores. Como você vai se sentir nesse novo ambiente?
Fiote: Eu nunca passei por isso, não. Mas a gente vai ter que entrar no sistema. Então, primeiramente eu vou começar ouvindo, vendo como faz, como se entra, como se aborda o assunto. E a gente, ao longo do tempo, vai aprender e em algum momento a gente vai dar a palavra também. Não tem jeito.
Transamérica: Para a presidência da Câmara, você vai apoiar quem?
Fiote: Garotinho. Meu Garotinho é gente fina demais. Eu lembro quando assinei o papel pela primeira vez no PV, ele falou comigo: “Fiote, parabéns, seja bem-vindo ao PV, mas agora todo mundo vai falar mal de mim. Porque a política é assim”. Mas, graças a Deus, eu e o Zé temos uma parceria. Migramos juntos para o PDT. Onde o Zé vai, eu deixo bem claro para eles: eu só não vou estar com o Zé no dia em que o Zé falar comigo ‘Fiote, acabou, chega’.
Transamérica: Mas agora você é tão vereador quanto ele.
Fiote: É, agora ele está me ensinando. Eu estou aprendendo com ele. Eu quero ficar do lado dele, perto da Câmara ali, para poder estar aprendendo cada dia mais.
Transamérica: Mas se precisar votar contra em algum projeto, como vai ser essa relação?
Fiote: Sim, a gente vota contra. Se precisar de votar, eu sou do povo, vou estar onde for melhor para o povo.
Transamérica: Qual área você acha que é a mais necessitada agora no bairro Santo Antônio e como você vai fazer para resolver?
Fiote: Saúde. É a UBS que precisa ser arrumada. A UBS está com vários problemas. A segurança vai ficar por conta de quem há de tomar, que é a polícia, que é o departamento público.