A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria da Fazenda, afirmou que iniciará, em setembro, as tratativas com a Associação Municipal de Assistência Comunitária (Amac) para concessão de um valor que visa ao reequilíbrio financeiro da instituição, cujo déficit orçamentário chegou, em agosto, a R$ 1.849.989. A Amac é uma instituição sem fins lucrativos, que desenvolve projetos e presta serviços na área de assistência social ao Município. A instituição, entretanto, enfrenta dificuldades financeiras, e a prestação dos serviços está comprometida, conforme exposto, nesta segunda-feira (29), em audiência pública na Câmara Municipal requerida pelo vereador Carlos Alberto de Mello (PTB).
O valor do déficit da Amac foi apresentado pelo parlamentar, após levantamento junto aos representantes da instituição, o diretor-presidente da Amac, Márcio Leoni Vargas, e o superintendente da instituição, Alexandre Oliveira Andrade. Com plenária lotada, a conversa reuniu vereadores e representantes da Prefeitura e dos funcionários públicos que também concordaram sobre a necessidade de estabelecer melhores condições de trabalho dos servidores – muitos, inclusive, sem reajuste salarial desde 2016, conforme apontou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu-JF), Francisco Carlos da Silva (Chiquinho).
Durante a audiência pública, o subsecretário da Fazenda, Matheus Jacometti, na ocasião representando a secretária da Fazenda, Fernanda Finotti, afirmou que “em nenhum momento a Prefeitura fechou a porta para uma negociação com a Amac”. O subsecretário afirmou que a Administração municipal vinha analisando os números para que “não só o reequilíbrio fosse concedido, mas para que o Município cumprisse com o reequilíbrio caso ele fosse concedido”. Outros detalhes sobre a negociação, contudo, não foram informados na audiência.
Ao fim da reunião, o vereador proponente se mostrou satisfeito ante à sinalização da Prefeitura para a resolução do problema. “Quero parabenizar a prefeita Margarida Salomão (PT) por ter se sensibilizado e por trazer essa tranquilidade a esses trabalhadores que prestam esse serviço maravilhoso”. O parlamentar, contudo, questionou a ausência da titular da Fazenda e a postura da secretária de Assistência Social, Malu Salim, que deixou a audiência antes do término da reunião.
Em nota, a PJF informou que a secretária da Fazenda não conseguiu participar da audiência pública “em função de uma agenda previamente marcada e enviou o subsecretário da Fazenda, Matheus Jacometti, como representante”. A Prefeitura citou, entretanto, que a secretária Malu Salim esteve presente na audiência, assim como o Procurador Geral do Município, Marcus Motta Monteiro de Carvalho.