Após a recusa do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em participar de agenda com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, com vinda a Juiz de Fora na tarde desta sexta-feira (28), o petista disse que lamentou a ausência e afirmou esperar a presença de Zema nas próximas agendas. “Eu virei outras vezes e espero que, nas outras vezes, ele esteja presente”, disse Lula em entrevista à rádio O Tempo FM.
“Eu gostaria que os governadores estivessem presentes”, afirmou o presidente sobre as suas agendas. “Nunca, na minha vida, fui a um estado e deixei de convidar o governador, nunca. Ele tem o direito de ir ou não ir, eu respeito também”.
Ao Estadão, a assessoria do Governo mineiro informou que os convites do Palácio do Planalto foram feitos “em cima da hora” e, portanto, não foi possível alterar compromissos pré-marcados do governador. Até segunda-feira (24), Zema afirmava que não havia sido informado sobre os eventos em Minas com participação do presidente.
Lula acrescentou que, como este não é um ano de eleições gerais, não há razão para que ele e o governador mantenham distância em agendas públicas. “Ele não é candidato a nada, eu não sou candidato a nada, não tem eleição para nós neste ano”, disse, alegando que não havia razão para que os chefes do Executivo federal e mineiro não realizassem agendas em conjunto.
Lula fala de candidatos a prefeito de BH e ao governo de MG
Durante a entrevista, Lula reforçou está mantida a candidatura do deputado federal Rogério Correia (PT) para a prefeitura de Belo Horizonte. “É um deputado com presença muito grande no Congresso Nacional, muito atuante em Minas Gerais, e um quadro do PT muito respeitado”, disse o presidente sobre Correia. “O Rogério continua sendo o candidato do PT”, complementou.
Sobre a disputa ao Governo do estado, em 2026, disse ter tido uma “grata surpresa” com o crescimento político do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O senador, segundo Lula, “é a figura pública mais importante de Minas Gerais”.
A candidatura ao Governo, por outro lado, depende do próprio Pacheco. “As coisas só vão acontecer se ele quiser”, disse o chefe do Executivo federal. Para o petista, o presidente do Senado “tenha todas as condições” de ganhar a eleição ao governo mineiro.