Ícone do site Tribuna de Minas

Anastasia defende unidade para enfrentar pandemia e crise econômica

28 05 2020 print pequeno expediente anastasia
PUBLICIDADE

O senador Antônio Anastasia (PSD) foi o convidado desta quinta-feira (28) do programa Pequeno Expediente, atração da Rádio CBN Juiz de Fora e da TMTV. Durante a entrevista, o vice-presidente do Senado adotou um tom ameno ao comentar a turbulência observada nos últimos dias nas relações entre os poderes, em especial entre o Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF). “Advogo sempre que tenhamos, neste momento, uma única vontade: derrotar a pandemia. Não podemos ter outra meta que não seja uma união nacional para vencer o vírus”, considerou o ex-governador mineiro.

Neste sentido, Anastasia considerou que o recente esgarçamento no tecido em que se dá o diálogo entre o Poder Executivo e o STF, que deu sinais de agravamento após a deflagração de ações contra aliados do presidente, não deve resultar em rupturas na democracia brasileira. “Aparentemente, temos a temperatura do discurso elevada. O embate existe, mas acredito que prevalecerá a ordem institucional”, ponderou o senador, que voltou a defender que a prioridade principal no país deve ser o combate à pandemia, que, por vezes, tem sido comprometido por conta da crise política que corre em paralelo.

“Nenhum de nós poderia imaginar que viveríamos uma crise mundial como essa. No caso brasileiro, o cenário ainda é agravado por uma crise política. Vemos que, no combate à pandemia, não há uma coordenação e uma convergência na destinação de recursos entre União e estados. Em meio a uma crise pandêmica, dois ministros da saúde foram exonerados. Só isto já é demonstração de um tipo de fragilidade no Governo”, afirmou, apontando ainda que a saída do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que deixou o Governo por divergências com o presidente, acirrou ainda mais os ânimos.

PUBLICIDADE

Para Anastasia, a unidade neste momento também é primordial para enfrentar os reflexos causados pela pandemia, que deve resultar em uma ampla crise econômica. “Essa não será privativa do Brasil e vai assolar todos os países do mundo. Veremos um empobrecimento generalizado no Brasil e no mundo. Se tivéssemos uma coesão política maior, teríamos melhores condições de combater a pandemia e, ao mesmo tempo, uma postura internacional mais bem vista. São decisões de ordem política, da esfera de decisão do Poder Executivo”, avaliou, ressaltando que Bolsonaro foi eleito democraticamente, sem o seu voto, todavia. “Votei em branco no segundo turno.”

Sair da versão mobile