Setores de esquerda de Juiz de Fora unificaram o discurso e realizaram um ato, no início da noite desta segunda-feira (28), em apoio à greve dos caminhoneiros e dos petroleiros, que deve ser deflagrada nesta terça-feira. Convocada por partidos de esquerda, centrais e sindicatos e movimentos sociais, a manifestação aconteceu no Calçadão da Rua Halfeld. Além do apoio aos movimentos grevistas, os grupos diversos apresentaram unidade em outros pontos para defender a convergência das diferentes pautas da classe trabalhadora, o que poderia resultar na construção de uma greve geral. Assim, o ato se posicionou contra o uso das Forças Armadas no combate aos grevistas e os pleitos de setores conservadores por intervenção militar, além de pedir a saída do presidente Michel Temer e do presidente da Petrobras, Pedro Parente.
Representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) e da Central Sindical e Popular (CSP/Conlutas), Victória Mello defendeu a união das esquerdas locais. “A CSP/Colutas tomou a iniciativa de chamar o ato. Já estava na hora de irmos às ruas e defender as greves de caminhoneiros e petroleiros, além de ampliar a unidade em torno das pautas da classe trabalhadora.” Pensamento similar foi apresentado pelo presidente municipal do PT, o ex-reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Renê Matos. “É um ato multipartidário que reúne entidades progressistas da cidade em apoio ao movimento dos caminhoneiros”, explica.
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O PT foi um dos partidos que engrossaram a mobilização. Bandeiras do PSTU, do PCB e do PSOL também foram deflagradas, além de estandartes de sindicatos, centrais e movimentos sociais e estudantis.
O ato
Já no início da noite, a mobilização, cuja concentração teve início às 17h, foi marcada pelas falas aberta a diferentes entidades em um equipamento de som instalado em frente à agência central do Banco do Brasil, no Calçadão. Por volta das 18h, os manifestantes iniciaram caminhada pelas ruas centrais, em itinerário que chegou a comprometer o fluxo de veículos nas avenidas Rio Branco e Getúlio Vargas e na Rua Floriano Peixoto. Os organizadores estimam que o ato reuniu cerca de 500 pessoas, enquanto a Polícia Militar (PM) não fez estimativas.