Em dez meses de legislatura em 2014, os 19 parlamentares juiz-foranos em atividade na Câmara Municipal já gastaram R$ 1.091.224, segundo o levantamento feito pela Tribuna, que tem como base os valores declarados por cada vereador no espaço de transparência do Legislativo. Deste montante, as despesas com consultoria técnica ocupam o primeiro lugar na lista e são responsáveis por R$ 256.469,30. Em segundo lugar no ranking, aparecem custos com combustíveis, que chegam R$ 188.707,10. A locação de veículos somam R$ 174.286,10, seguida pelas contas de telefone, que respondem por R$ 106.158,70 dos gastos. Na quinta colocação, aparecem as despesas com fotocópias e impressos: R$ 75.926,10.
As despesas parciais lançadas pelos parlamentares estão dentro do teto máximo instituído pela resolução de nº 1.122/1999, que estabelece o custeio da atividade parlamentar mensal de até R$ 8 mil por mês, incluindo os gastos com combustíveis, que não devem ultrapassar R$ 2 mil. Cada vereador precisa declarar, mensalmente, suas despesas para que possa receber a verba indenizatória. Custos excedentes com combustíveis não são reembolsados. Desta forma, anualmente, cada parlamentar tem direito a gastar até R$ 96 mil.
A média de despesas mensal registradas no Legislativo foi de R$ 109.122,40, porém, o mês de maior despesa foi março, com gastos na ordem de R$ 130.096,20. Já os meses de menor movimentação foram agosto e setembro – R$ 108.552,30 e R$ 108.806,70, respectivamente – que coincidiram com o período eleitoral, período em que os seis vereadores candidatos se dedicam mais à campanha.
Além dos gastos já citados, devem constar, entre os itens declarados, custos com aluguel e manutenção de escritório, assinaturas de jornais e revistas, despesas gerais com veículos utilizados no exercício do mandato, locação de veículos, estacionamento, copa interna, material e insumos de escritório, correios, publicidade e viagem.
Fiorilo gasta 3 vezes menos que João do Joaninho
No acumulado do ano, o gasto médio de cada vereador girou em torno de R$ 57.432,84, porém, entre os 19 legisladores, existem aqueles que são mais “esbanjadores” e outros mais econômicos. Liderando a lista dos que mais gastaram entre janeiro e outubro, está o vereador João do Joaninho (DEM). As despesas do parlamentar chegaram a R$ 77.815,73. Na outra extremidade da lista, figura o vereador José Fiorilo (PDT). Em igual período, o vereador gastou apenas R$ 22.595,89, valor três vezes menor do que o declarado pelo líder do ranking.
A maior despesa efetuada por João do Joaninho foi com combustível, R$ 23.115,48. Em todos os meses, o vereador ultrapassou a cota máxima estabelecida pela resolução e precisou arcar com R$ 3.115,48 do próprio bolso ao longo dos dez meses. Neste item, o vereador gastou, em média, R$ 2.311,54 por mês, o equivalente a 15 tanques de 50 litros de gasolina, a um custo de R$ 3 o litro. Entre as despesas declaradas por Fiorilo, custos com combustíveis também são os maiores da listagem, mas equivalem a R$ 10.625,55. Porém, o vereador “sempre presente” gastou mais com telefone do que Joaninho: R$ 5.118,32 contra R$ 2.373,50.
Além de João do Joaninho, outros oito vereadores declararam gastos superiores a R$ 70 mil, entre eles o atual presidente da Câmara, Julio Gasparette (PMDB), R$ 75.107,96; Nilton Militão (PTC), R$ 72.814,94; Oliveira Tresse (PSC), R$ 72.064,55; Cido (PPS), R$ 73.789,58; Antônio Aguiar (PMDB), R$ 73.782,96; Rodrigo Mattos (PSDB), R$ 74.629,04; Chico Evangelista (PROS), R$ 74.429,76; e Ana Rossignoli (PDT), R$ 74.044,39.