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Secretário estadual diz que está preocupado com pressão pelo ‘retorno ao normal’

carlos eduardo secretario saude by Gil Leonardi Imprensa MG
Carlos Eduardo Amaral avalia participação da população mineira de forma positiva (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
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O secretário de Estado de Saúde Carlos Alberto Amaral voltou a reforçar a necessidade de isolamento social em entrevista via transmissão on-line na tarde desta segunda-feira (27). “Dentro do que temos hoje de enfrentamento e combate à Covid-19, Minas Gerais tem tido uma curva (de casos) aceitável. O que, por um lado, nos faz ficar agradecidos, porque mostra que a população está participando e fazendo o seu papel. Mas também nos preocupa por conta de haver uma pressão pelo retorno ao normal. O normal daqui pra frente, com a epidemia da Covid-19, nunca mais será o que nós fazíamos antes”, afirmou.

O titular da SES pontuou que as medidas adotadas pelo Estado no programa Minas Consciente, para a retomada das atividades econômicas em Minas Gerais e a flexibilização das atividades comerciais, seguem protocolos, são seguras e responsáveis. Apesar disso, reiterou que a população deve prezar pelo isolamento social.

“Se afrouxarmos demasiadamente e perdermos o controle, nós corremos o risco de perder tudo o que foi feito até agora, (…) não podemos achar que por estarmos indo bem, com poucos casos (em relação a outros estados), e porque estamos com leitos, que a guerra está vencida. Ainda temos muito tempo de enfrentamento”.

Na avaliação do secretário, os resultados que Minas Gerais tem tido com relação às ações de enfrentamento à pandemia vêm de diversas frentes. “O Estado orientou o isolamento social no momento em que tínhamos poucos casos confirmados. Outro fator que também contribuiu foi que a SES monitorava a situação em Minas desde 3 de janeiro, e posteriormente criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes Covid-19). Mas o maior fator que tem contribuído para uma curva e número de casos aceitáveis é a participação do mineiro. O nosso povo tem tido uma adesão grande, acompanhado o que o Estado tem orientado, e seguido as orientações”, analisou.

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Ocupação de leitos em Minas

Em relação à ocupação de leitos, segundo Carlos Eduardo Amaral, o sistema de regulação de leitos da SES, o SUSFácil, registra, até o momento, 105 casos de pacientes internados em UTI por suspeita de Covid-19 em Minas, o que gera uma ocupação de leitos específica de 4%. A taxa de ocupação geral no Estado é de 57%. Em relação aos leitos de atendimento clínico, há 442 pessoas internadas. As taxas de ocupação de leitos clínicos específicas para Covid-19 e em geral são 4% e 60%, respectivamente.

Sobre o sistema de notificação de óbitos, Amaral explicou que eventuais divergências em relação às informações publicadas pelos municípios são esperadas, uma vez que o Estado realiza cruzamento criterioso de dados para divulgar as confirmações de óbitos no boletim estadual. “Após a notificação do Município ou do hospital, nós diariamente tratamos os casos recebidos no dia anterior. Esses casos são reclassificados, há uma análise do caso específico, de forma a buscar agregar informes clínicos, se há exames (do paciente) ou não, para ter a informação correta”. De acordo com o titular, portanto, é preciso analisar se não há duplicidade da notificação, e cruzar dados. A conclusão poderá demorar dois ou mais dias, segundo Amaral.

Ipsemg

Também participou da entrevista o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Marcus Vinícius de Souza. Na ocasião, o presidente informou que o Ipsemg iniciou uma obra emergencial para que fosse ampliada em 53% o número de leitos de UTI no Hospital Governador Israel Pinheiro, em Belo Horizonte. “Estamos em fase de ampliação desses leitos e imaginamos que, exatamente no pico da pandemia, nós estaremos com esses leitos em funcionamento podendo atender servidores e beneficiários, caso precisem.”

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