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Pressão contra as reformas chega às ruas em JF

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Juiz de Fora deve viver uma sexta-feira diferente. Seguindo agenda nacional de manifestações contra as reformas trabalhistas convocadas por centrais sindicais e movimentos sociais contrários às propostas de reformas trabalhistas e da Previdência defendidas pelo Governo do presidente Michel Temer (PMDB) e debatidas no Congresso, várias categorias de trabalhadores prometem aderir à greve geral convocada para todo o dia, que tem como ato principal mobilização com concentração às 9h, na Praça da Estação. Em todo o país, os protestos já são interpretados tanto como prova de fogo para Temer, como teste de força para a atual oposição ao Governo peemedebista.

Os sinais iniciais da paralisação que se desenha já deverão ser sentidos nas primeiras horas do dia. Em alinhamento fechado na tarde desta quinta (27) com o Fórum Sindical e Popular, que lidera a organização do ato, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte e Trânsito (Sinttro) chegou a definir convocação para que motoristas e cobradores do transporte coletivo urbano paralisassem as atividades desde a meia-noite de quinta. Contudo, à noite, o presidente do sindicato dos rodoviários, Vagner Evangelista, voltou a afirmar que a paralisação deve se iniciar às 8h30 desta sexta.

Nesta quinta, mais duas categorias confirmaram a adesão à greve geral. Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Juiz de Fora e Região (Stim), Fernando Rocha confirmou que a entidade mobiliza a categoria para engrossar a paralisação. Até a noite de quinta, contudo, as lideranças metalúrgicas ainda definiam como a ação se daria na prática. Servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Minas Gerais (Sitraemg) que trabalham na 1ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora também prometem interromper as atividades. A paralisação deve resultar, entre outros, na remarcação de audiência trabalhistas inicialmente marcadas para esta sexta-feira. De acordo com Nilson Jorge Moraes, coordenador-executivo do Sitraemg, além de participar do ato marcado para a Praça da Estação, os funcionários da Justiça do Trabalho realizam ato em frente ao prédio do órgão, na Avenida Rio Branco, a partir das 13h. De acordo com Nilson, a mobilização pontual deve reunir ainda magistrados e representantes do braço local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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Durante a semana, a organização dava como certa a realização de um ato substancioso, com mais de 50 categorias. Além de rodoviários, metalúrgicos e servidores da Justiça do Trabalho, também confirmaram adesão ao ato professores das redes municipal, estadual, federal e privada, médicos municipais, bancários, policiais civis, servidores da Prefeitura e comerciários, profissionais dos Correios, técnico-administrativos das instituições de ensino superior, entre outras grupos de trabalhos. Assim, há a previsão de comprometimento de vários tipos de atividades.

Cronograma
Segundo lideranças do Fórum, a manifestação deve sair em caminhada pelas ruas centrais após a concentração na Praça da Estação – em que são comuns as explanações das diferentes entidades envolvidas no protesto. O roteiro da marcha deve seguir o mesmo trajeto de mobilização do último dia 31, partindo da Av. Francisco Bernardino; passando pela Rua São Sebastião, a Av. Getúlio e Vargas e a Rua Halfeld; até a dispersão no Parque Halfeld (ver quadro). Contudo, o trajeto pode ser revisto conforme a situação de momento.
Atos isolados também estão programados. Além dos servidores da Justiça do Trabalho, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Conselho de Centros e Diretórios Acadêmicos (Concada) definiram uma agenda de mobilização na UFJF pela manhã. A partir das 8h, está prevista uma marcha de estudantes a partir do campus em direção ao Bairro Dom Bosco, de onde os manifestantes descerão pela Av. Itamar Franco até a Rio Branco. No local, eles se encontrarão com secundaristas e partirão em direção à Praça da Estação.

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