Servidores estaduais de saúde entraram nesta segunda (25) em greve por tempo indeterminado no Hospital João Penido em Juiz de Fora. Pela manhã, eles fizeram um protesto na Avenida Juiz de Fora, Zona Nordeste, contra a falta de acolhimento das propostas por parte do Governo de Minas. De acordo com o diretor-regional do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde (Sind-Saúde), Bismarck Grossi, a mobilização na unidade atingiu 50% do efetivo. Duas assembleias com servidores da Gerência Regional de Saúde, na Avenida dos Andradas, estão marcadas para esta terça (26) – às 10h e 15h – para definir os rumos da paralisação no local. Na Fundação Hemominas, ainda não houve adesão.
De acordo com a assessoria de comunicação da Fhemig, responsável pela gestão do hospital, técnicos de enfermagens e alguns servidores do setor administrativo aderiram ao movimento. A paralisação gerou impactos na maternidade e no CTI, com atendimento mais lento. No entanto, conforme o órgão, os pacientes não deixaram de ser atendidos. A assessoria negou que a paralisação tenha chegado ao nível informado pelo sindicato na semana passada, de 70% em todos os setores.
Segundo Grossi, a expectativa é de que aumente a adesão da categoria. Nesta quinta-feira (28), será realizada uma passeata saindo da Fundação Hemominas até o Calçadão da Rua Halfeld, no Centro, às 10h. Dentre as principais reivindicações, estão o pedido de reajuste de 20%, redução da carga horária de 40h para 30h sem redução dos salários, reestruturação da carreira, entre outros benefícios.
Em nota enviada à Tribuna, a Secretaria de Estado de Saúde afirmou que a redução da jornada de trabalho para todos os servidores da saúde, sem redução salarial, será iniciada assim que o Estado superar a restrição legal imposta pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A pasta alega dificuldades financeiras e orçamentárias para atendimento ao pleito de forma imediata, já que haverá impacto direto na folha de pagamento.