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PT ignora condenação e lança a pré-candidatura de Lula à presidência

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Nome do ex-presidente foi formalizado no início da reunião do Diretório Nacional do PT nesta quinta (25). (Foto: Ricardo Stuckert)
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São Paulo (AE) – Um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido condenado em segunda instância na Justiça, o PT formalizou o anúncio do seu nome como pré-candidato a presidente da República. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou a candidatura logo no início da reunião do Diretório Nacional do partido nesta quinta (25). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que aceita a indicação do Diretório Nacional do PT para que ele seja o candidato do partido à presidência da República nas eleições deste ano. “Mas não estamos sozinhos, temos adversários que vão querer evitar que continuemos andando pelas ruas.” Lula completou que a candidatura só tem “sentido” se a militância for capaz de fazê-la mesmo se ela for indesejada. “É colocar o povo brasileiro em movimento.”

Lula foi condenado em segunda instância pela turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Com isso, foi ampliada a pena estabelecida pelo juiz Sergio Moro, que havia condenado o petista em primeira instância a nove anos e meio de reclusão.

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Apesar da Lei da Ficha Limpa prever que políticos condenados em segunda instância não podem ser candidatos, a decisão do TRF-4 não tira Lula da eleição automaticamente. Uma possível impugnação da candidatura do petista cabe somente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá levar em conta o que prevê a Ficha Limpa na hora de analisar o caso do ex-presidente.

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Para Lula, o lançamento da sua candidatura não é só para disputar o pleito. “Vou para ganhar e governar”, disse ele. O petista ainda disse que não está sendo candidato para se proteger da Justiça. “Minha proteção é minha inocência. Vou ser candidato para governar decentemente esse país.” Ao aceitar sua indicação como candidato, Lula ainda disse que estava criando o dia do “aceito”, em referência ao “Dia do Fico” de D. Pedro. Lula também repetiu que vai à Etiópia nesta madrugada para discutir uma forma de acabar com a fome no continente africano. “Fico por lá por 14 horas e volto.”
Antes, o petista havia dito que a corrupção é uma “desgraça” e o que mais coloca sua honra “À flor da pele”. “A corrupção derruba qualquer político”, disse, citando que até aliados no começo desconfiam dos atos. “Não posso aceitar que um canalha me chame de ladrão”, completou.

Haddad

Durante evento, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmou que foi convocado por Lula para participar de um grupo que vai montar o plano de Governo para um eventual terceiro mandato do petista. Segundo Haddad, o grupo vai começar a se reunir no dia 1º de fevereiro e vai aceitar sugestões de diversos grupos ligados ao partido até o dia 15 de março. “Vamos apresentar ao País o melhor plano de governo que pudemos fazer”, disse o ex-prefeito, que também foi ministro da Educação.

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O ex-prefeito de São Paulo disse ainda que não teme os possíveis adversários de Lula na campanha. “Na centro-direita só temos mediocridade”, afirmou. Haddad é apontado como um dos nomes que podem substituir Lula na campanha, caso a candidatura do ex-presidente seja impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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