Aproximadamente 70 telefonistas, que trabalham para a empresa Terceiriza, prestadora de serviços para a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), paralisaram suas atividades nesta sexta-feira e realizaram ato público em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego, na Rua Santo Antônio, por não receberem o valor retroativo a janeiro do reajuste de salário previsto no acordo coletivo de trabalho de 2014. A diferença não recebida totalizaria cerca de R$ 800 por funcionário, e a empresa atribui o não pagamento à falta de repasses vindos da Prefeitura, que estaria devendo cerca de R$ 3 milhões para a Terceiriza. A PJF, por sua vez, argumenta que o pagamento mensal para a empresa está em dia, e que os valores devidos anteriormente já estão negociados, devendo ser pagos ainda em 2014.
Segundo a diretora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações do Estado de Minas Gerais (Sintel), Ana Carolina Lelis, a decisão de cruzar os braços se deu porque a empresa, de acordo com o sindicato, quer se reunir para acerto com os funcionários apenas em dezembro, enquanto os trabalhadores desejam que o encontro aconteça o quanto antes. “A partir de dezembro já é calculada a data base para o próximo ano. Parece que a empresa quer apenas ganhar tempo. Queremos que o pagamento seja feito em duas parcelas, nos meses de novembro e dezembro.” A Tribuna não conseguiu fazer contato com a empresa.