Em mais um dia de depoimentos, vereadores integrantes da CPI dos Ônibus ouviram, nesta sexta-feira (24), representantes da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) e do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sinttro). A fase de oitivas segue sob sigilo e, por isso, não foram divulgados os conteúdos dos depoimentos, nem mesmo os nomes dos depoentes. Foram cerca de quatro horas de entrevistas.
Na semana passada, testemunhas também foram ouvidas nesta mesma fase. Empresas e consórcios também serão submetidos a sabatinas, que têm por objetivo apurar possíveis irregularidades no cumprimento dos contratos de prestação de serviço público por parte das concessionárias que operam o transporte coletivo da cidade.
Desde o início de trabalhos da Comissão, foram constatadas inúmeras irregularidades em diversos coletivos urbanos. A falta de adequação foi observada mesmo após dois anos de assinatura do contrato para exploração do serviço de transporte coletivo no município, ocorrido em meados de 2016, em modelo de concessão pública. No documento consta uma série de mudanças estruturais que já deveriam ter sido cumpridas pelos consórcios Manchester e Via JF, vencedores da licitação.
Resultados
Os resultados das fiscalizações da CPI foram apresentados à comunidade no plenário da Câmara Municipal, que indicou flagrantes e provas contundentes de descumprimentos de cláusulas do contrato de licitação. Terminada a etapa de depoimentos, um relatório final com as apurações deverá ser elaborado e encaminhado ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado e ao Executivo. A comissão é presidida pelo vereador Adriano Miranda (PHS) e composta pelos parlamentares Cido Reis (PSB), Carlos Alberto (Casal, PTB), José Márcio (Garotinho, PV) e Wanderson Castelar (PT).