Em um momento em que se discute projetos como o Escola Sem Partido e a Reforma do Ensino Médio, alunos de cinco escolas da cidade são chamados a discutir sobre o tema “Educação Política nas Escolas”, por meio do Parlamento Jovem. Ao todo, 75 participantes vão se encontrar no anfiteatro do Colégio dos Jesuítas nesta quarta-feira, a partir das 14h, para uma programação que inclui uma oficina de entrosamento entre os estudantes, seguida de uma palestra com a professora do Departamento de Ciências Sociais da UFJF Beatriz Bastos e com o professor Matheus Gomes, que é formado em ciências sociais e já atuou no Parlamento Jovem como monitor. Após a apresentação dos professores, está previsto um debate entre os estudantes, com o objetivo de estimulá-los na busca por propostas para a região e todo o estado.
“O Parlamento Jovem não é uma gincana, não é uma disputa entre jovens e nem entre municípios na etapa regional. É um processo de discussão e construção de propostas. Temos 65 municípios participantes em todo estado. Há uma gama grande e diversa de cidades e de alunos participantes, oriundos de cidades pequenas, médias e grandes. Com os diferentes pontos de vista que eles têm, conseguimos ter um processo muito rico”, comenta o sociólogo da Câmara de Juiz de Fora e coordenador do projeto na cidade, Sérgio Dutra. O grupo terá até a última semana de junho para elaborar um documento com as propostas para começar a etapa regional. O trabalho segue para a região, o Pólo Zona da Mata I, que inclui os municípios de Carandaí, Madre de Deus de Minas, Leopoldina, Santos Dumont, Rio Preto, Olaria (este município como observador, devendo começar as atividades na edição 2018) e Matias Barbosa, que este ano é a cidade coordenadora.
O encerramento da etapa regional está prevista para o final de agosto, e a participação no Estado acontece em setembro, quando um grupo de representantes é selecionado para defender as propostas compostas na região à plenária da assembleia, em Belo Horizonte. “O Parlamento Jovem está inserido na promoção do amadurecimento político desses jovens, dentro de uma perspectiva de educação para a cidadania, para a democracia. Desde o primeiro momento, eles aprendem conceitos sobre o que é política, cidadania, democracia e sobre as responsabilidades dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário”, explica Dutra. Ele acrescenta que o projeto permite que esses estudantes, com faixa etária entre 15 e 18 anos, possam opinar sobre questões de interesse nos três níveis, municipal, regional e estadual, com a possibilidade de transformar o conteúdo trabalhado em políticas públicas.
“As propostas discutidas na Câmara são encaminhadas para a Comissão de Participação Popular da Assembleia. Ela pode se tornar um programa, pode se inserir em um programa já existente, e até mesmo tramitar dentro da Assembleia como um projeto de iniciativa popular. O Parlamento Jovem abre um leque para a democracia participativa, porque dá voz aos jovens.” Além do Colégio dos Jesuítas, participam dessa edição os alunos dos colégios Apogeu, Vianna, Tiradentes da Polícia Militar e a Escola Estadual Professor José Freire.