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Petistas locais consideram que Lula não está fora das eleições de 2018

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A condenação por unanimidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por parte dos três desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), na tarde desta quarta-feira (24), não é considerada pelo PT de Juiz de Fora e seus militantes como o fim da linha para a presença do petista rumo às eleições de outubro deste ano, nem tão pouco foi recebida com surpresa.

Na opinião da deputada federal Margarida Salomão (PT), a condenação não representa mudança no caminho que já havia sido traçado pelo partido. “A decisão do TRF-4 confirma o que vínhamos denunciando, o juizado de exceção ao qual Lula é submetido, algo amplificado pela péssima qualidade da argumentação dos desembargadores. Na prática, nosso caminho segue o mesmo. Lula é nosso candidato, e sua candidatura será homologada nas ruas, a começar pelo ato da Praça da República, em São Paulo. Novidade, só na intenção de voto de Lula, que hoje bateu 47%”, ressaltou a parlamentar, que ontem acompanhava a mobilização a favor de Lula, em São Paulo.

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Para o presidente do PT local, Renê Matos, a condenação já era esperada devido à ligação da turma do TRF-4 com o juiz Sérgio Moro. “É lógico que estamos sempre torcendo e querendo que a coisa se dê da melhor maneira possível e cria-se sempre uma esperança, mas sabíamos que não aconteceria muito provavelmente. Dentro do nosso raciocínio, é um golpe da Justiça, da estrutura de mando no Brasil para impedir que Lula seja candidato, porque, em sendo ele candidato, será eleito. O que aconteceu foi a confirmação daquilo que já sabíamos que iria acontecer e que continua o golpe”, avaliou Renê.

Ele ainda acrescenta que, internacionalmente, a imagem da Justiça brasileira foi manchada. “É lógico que pega muito mal para a Justiça do Brasil essa condenação, porque as provas estão sendo forçadas. Não há base, só está sendo levado em conta o que diz uma parte. Internacionalmente, isso irá pegar muito mal, principalmente para o grupo do TRF-4”, considera.

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O vereador Wanderson Castelar (PT) disse que a condenação por unanimidade já era previsível deste o início da operação Lava Jato. “Além de revelar verdades, a Lava Jato construía mentiras. O roteiro do golpe ficou muito claro, inclusive com a localização dos tribunais em Curitiba e depois em Porto Alegre. Isso mostra que foi pensando por quais mãos esse processo iria transitar. Hoje, foi mais um capítulo dessa história que não se encerrou”, pontuou Castelar, afirmando que ainda haverá muita luta do ponto de vista jurídico, buscando provar a inocência de Lula, que ele considera já ter sido feita. “Do ponto do vista político, primeiro existe a constatação de que há uma orquestração e, segundo, ficou claro a participação do Judiciário nela”.

Nesta quarta, militantes e dirigentes do PT, em Juiz de Fora, participaram de uma vigília no Sindicato dos Bancários, durante o tempo em que o julgamento de Lula acontecia em Porto Alegre. Renê Matos ressaltou que, para a próxima segunda-feira (29), o diretório já fez uma convocação, para que metas sejam traçadas. “Estamos nos mobilizando para manter as manifestações as ruas”, assegurou.

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