Ícone do site Tribuna de Minas

Polícia Civil elabora estudo sobre implantação de Delegacia Rural em JF

Assessoria CMJF audiencia delegacia rural 2
PUBLICIDADE

A chefia da Polícia Civil de Minas Gerais avança com um estudo para a implantação de uma Delegacia Rural que pode ser instalada dentro da Delegacia Regional de Juiz de Fora ou no Departamento de Juiz de Fora. A definição, entretanto, ainda carece de mais análises, conforme afirmou o delegado adjunto da Delegacia Regional da Polícia Civil de Juiz de Fora, Sérgio Lamas, em audiência pública realizada na Câmara Municipal, na tarde desta terça-feira (23). A reunião, proposta pelo vereador Marlon Siqueira (PP), discutiu a necessidade de implantação da especializada.

Na ocasião, Lamas representou a chefe do 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, Flávia Murta, e afirmou que a Polícia Civil vê a importância da criação de uma Delegacia Rural na região. Segundo o delegado, o estudo teve início em 2021 e apontou aumento da criminalidade na Zona Rural de Minas Gerais e que a maior parte dos delitos diz respeito a crimes contra o patrimônio. Além disso, entre os 19 departamentos de polícia no estado, o de Juiz de Fora é o oitavo em número de registros de crimes na área rural, segundo o estudo citado por Lamas. Atualmente, segundo o delegado, existem apenas quatro delegacias rurais em Minas Gerais. Uma fica em Belo Horizonte, responsável por apurações em todo o estado. Além da titular, há três regionais interiorizadas em Araxá, Uberlândia e São Sebastião do Paraíso.

PUBLICIDADE

Entre as possibilidades de implantação da delegacia, está a de ser criada em âmbito territorial de todo um departamento. Dessa forma, a especializada, conforme Lamas, seria responsável pelas ocorrências de Juiz de Fora e região, que envolve as comarcas de São João Nepomuceno, Rio Novo, Bicas, Mar de Espanha, Lima Duarte, Rio Preto e Matias Barbosa, e também as comarcas pertencentes a Viçosa, Leopoldina, Ubá e Muriaé. Nesse caso, a delegacia seria composta por um delegado, um escrivão e cinco investigadores, sendo responsável pela investigação somente de crimes contra o patrimônio que ocorrerem na Zona Rural destes territórios.

PUBLICIDADE

Outra alternativa, segundo Lamas, seria a criação dentro da Delegacia Regional de Juiz de Fora, que não envolveria as comarcas de Leopoldina, Muriaé, Viçosa e Ubá. Nesse caso, a delegacia, além de apurar crimes na zona rural da Regional, poderia ter outras atribuições que seriam estabelecidas pelo chefe de departamento. “Há um estudo bem avançado sobre a criação da delegacia na nossa região. Várias etapas já estão concluídas. Falta apenas analisar quando deve ser implantada e qual sistema será adotado.”

Cem infrações contra imóveis rurais só este ano

Matéria publicada pela Tribuna no último domingo (21) destacou dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) que mostram que só nos seis primeiros meses de 2022 foram cometidos 96 crimes em imóveis rurais, sendo 20 destes contra pessoas e 76 contra o patrimônio. No ano passado, no mesmo período, foram 46 crimes contra pessoas e 89 contra patrimônio em imóveis rurais. Ao todo, em 2021, Juiz de Fora teve 243 ocorrências na Zona Rural. Segundo relatos dos moradores ouvidos pela Tribuna, a sensação de insegurança só tem aumentado. Dessa forma, moradores rurais têm se mobilizado há mais de dois anos para a instalação de uma Delegacia Rural em Juiz Fora e também participaram da audiência nesta terça a fim de cobrar a especializada.

PUBLICIDADE

Ausência de secretária

Durante a reunião, a ausência da secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Fabiola Paulino da Silva, convocada para a audiência, foi questionada pelos vereadores Marlon Siqueira e Luiz Otávio Pardal (União Brasil). Não foi apresentada justificativa para o não comparecimento da titular. A Tribuna questionou a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) sobre a justificativa da ausência da secretária, mas a PJF ainda não havia retornado até a publicação desta matéria.

Apesar da ausência de Fabiola Paulino, estiveram presentes outros representantes da Prefeitura. Entre eles, a secretária de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), Letícia Paiva Delgado. Em sua fala, a titular da Sesuc afirmou que “em nome da prefeita Margarida Salomão (PT), no que for possível a Prefeitura irá ajudar (na implantação). Quando o Governo de Minas der o aval estaremos de mão dadas, ajudando naquilo que for possível, respeitando, obviamente, o que nós temos de limitações institucionais, mas podem contar com a nossa gestão”.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile