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Sindicato dos servidores públicos de JF se mobiliza contra reforma administrativa

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Em adesão ao Dia Nacional de Luta contra a Proposta de Reforma Administrativa, nesta quarta-feira (23), os diretores do Sindicato dos Servidores Públicos de Juiz de Fora (Sinserpu) realizaram dois atos. O primeiro ocorreu pela manhã, no Parque Halfeld. O segundo, foi realizado à tarde, na Praça da Estação. Em ambos, o objetivo é massificar as informações a respeito da proposta e estabelecer uma comunicação com a sociedade sobre o tema.

De acordo com Cosme Nogueira, vice-presidente do Sinserpu e presidente da Feserp-MG (entidade da qual o sindicato é filiado), é urgente que a população saiba sobre o projeto. “Para o público é dito que a reforma é apenas para tirar os privilégios dos servidores públicos, o que não é verdade. A maioria esmagadora que será afetada pela reforma são os servidores municipais, que ganham de um a dois salários mínimos, convivem com assédio moral, com precárias condições de trabalho e várias situações adversas”. As mudanças pretendidas com o projeto, como reforça Cosme, podem representar o fim do serviço público no Brasil.

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Conforme Cosme, o período pandêmico reforçou a relevância do serviço público e a necessidade de defendê-lo. “No momento em que o cidadão estava em casa recluso, o coletor de lixo continuou fazendo o seu trabalho, tinha enfermeiro cuidando, salvando vidas. Os professores estão educando os nossos filhos virtualmente, em dupla, tripla jornada, mas o governo, infelizmente vem com essa proposta que é muito ruim para o povo brasileiro”, avalia.

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“Até mesmo os (países) mais desenvolvidos, que têm concepção de ultradireita, ultraliberais, neoliberais entenderam a importância do serviço público e estão revendo suas posições. No Brasil, vamos no sentido contrário.” Por isso, a reforma é encarada pelo movimento como uma ameaça à população. “Ela não só retira direitos dos servidores públicos, como também muda o conceito de Estado no Brasil e quem mais vai sofrer com isso é a maior parcela das pessoas, que é a camada mais pobre”, destaca Cosme.

Sindicatos, federações e demais entidades filiadas correm contra o tempo, já que a PEC 32/20 já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e hoje está em uma comissão especial, com a previsão de votação entre o fim de agosto e o início de setembro. “Estamos em luta e vamos continuar, porque só a pressão popular pode reverter essa situação. Outros atos estão previstos para dar continuidade à mobilização.

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