Nesta terça-feira, um grupo de 14 vereadores apresentou na Câmara uma representação a ser encaminhada ao governador Romeu Zema (Novo) em que é solicitado ao Governo do Estado um estudo sobre a viabilidade da flexibilização das medidas restritivas impostas à cidade pela onda roxa do programa Minas Consciente, no que diz respeito ao impedimento das atividades de serviços considerados como não essenciais. No documento, os parlamentares alegam que Juiz de Fora vem “sofrendo não só com a pandemia em si, como também com os efeitos socioeconômicos causados por ela”.
Na representação, os vereadores consideram que seria possível adotar estratégias mais direcionadas para cada tipo de estabelecimento, “com base em dados dos deslocamentos das pessoas pelas cidades”. Para os parlamentares juiz-foranos, esta medida poderia se mostrar mais eficaz do que o que classificam como “fechamento generalizado de comércios”. “A população está chegando no seu limite”, afirmam os signatários.
“Os impactos da pandemia na economia são inquestionáveis e afetarão, sobremaneira, as famílias, tendo em vista que milhares de trabalhadores terão suas rendas consideravelmente afetadas pela determinação de que seja diminuída a circulação de pessoas. Mesmo trabalhadores formais, diante da crise, têm sido submetidos a programas de demissão voluntária, dentre outras medidas que impactarão suas rendas”, afirma a justificativa da representação.
Assinam a representação os vereadores Bejani Júnior (Podemos), Kátia Franco Protetora (PSC), Julinho Rossignoli (Patriota), João Wagner Antoniol (PSC), Zé Márcio (Garotinho, PV), Vagner de Oliveira (PSB), Sargento Mello Casal (PTB), Cido Reis (PSB), Luiz Otávio Coelho (Pardal, PSL), André Luiz (Republicanos), Marlon Siqueira (PP), Maurício Delgado (DEM), Nilton Militão (PSD) e Tiago Bonecão (Cidadania).
No mesmo sentido, os vereadores pedem estudo do Estado para avaliar a viabilidade de incluir a atividade de feira livre, “tradicional venda de alimentos a céu aberto de caráter popular, como essencial mesmo durante a onda mais restritiva do programa estadual Minas Consciente”. De certa forma, as representações mimetizam requerimentos apresentados na Câmara nesta segunda e direcionados à prefeita Margarida Salomão (PT).
O pleito ao governador, porém, acontece em tom mais brando, uma vez que o pedido ao Estado é de que seja realizado um estudo sobre tais possibilidades, enquanto, à Prefeitura, é pedido diretamente a abertura do comércio e a autorização às feiras livres, mesmo que a cidade esteja compulsoriamente sob as regras estaduais da onda roxa do Minas Consciente. Os dois requerimentos foram votados em destaque nesta terça, quando foram aprovados.
Apoio à prefeita
Nesta terça, a Frente Brasil Popular mobilizou movimentos sociais, partidos, coletivos e entidades sindicais e assinou um manifesto que repudia “ataques sofridos pela prefeita Margarida Salomão nos últimos dias”. O texto também defende as ações tomadas pela Prefeitura como medidas restritivas para o enfrentamento ao agravamento da pandemia na cidade. “Em Juiz de Fora, a gravidade da pandemia da Covid-19 exige um posicionamento de seus cidadãos e cidadãs e entidades públicas em defesa da vida! Por esse motivo, defendemos as necessárias medidas de contenção da pandemia tomadas pela Prefeitura de Juiz de Fora no intuito de conter as infecções pela doença e evitar o colapso total do sistema de saúde de nosso Município”, diz o manifesto.