Ícone do site Tribuna de Minas

Eduardo Cunha recorre ao SFT

PUBLICIDADE

Brasília (ABr) – A defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de liberdade no final da tarde de ontem. Os advogados alegam que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela prisão, descumpriu uma decisão da Corte. Cunha está preso desde quarta-feira (19) na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Na petição, os advogados afirmam que o Supremo já decidiu que Cunha não poderia ser preso pelos fatos investigados contra ele na operação Lava Jato, ao entender que o ex-deputado deveria ser afastado da presidência da Câmara, em maio. Para a defesa, os ministros decidiram substituir a prisão pelo afastamento.

A prisão foi decretada na ação penal em que o deputado cassado é acusado de receber R$ 5 milhões, que foram depositados em contas não declaradas na Suíça. O valor seria oriundo de vantagens indevidas, obtidas com a compra de um campo de petróleo pela Petrobras em Benin, na África. O processo foi aberto pelo Supremo, mas, após a cassação do mandato do parlamentar, a ação foi enviada para o juiz Sérgio Moro porque Cunha perdeu o foro privilegiado.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Visita

AE – Cunha recebeu a visita da mulher, Cláudia, ontem, na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Cláudia foi à sede da PF acompanhada de um advogado. As visitas aos presos na carceragem da PF ocorrem apenas às quartas-feiras. A ida de Cláudia à PF nesta sexta foi uma “concessão” que já foi dada a outros presos da Lava Jato, segundo a PF. Na saída do prédio da PF, ela foi filmada pelo jornalista José Vianna, da RPC Curitiba. Cláudia não respondeu a nenhuma pergunta dos repórteres que a abordaram. A mulher de Eduardo Cunha também é ré em ação da Lava Jato. A investigação mostra que ela gastou mais de US$ 1 milhão em compras de roupas, sapatos e bolsas de grife, além de frequentar restaurantes caros e se hospedar em hotéis de alto padrão na Europa nos tempos em que o marido desfrutava de poder e influência em Brasília.

PUBLICIDADE

O dinheiro que Cláudia gastou teria tido origem na propina de US$ 1,5 milhão que o marido recebeu no contrato da Petrobras para exploração do campo de Benin, na África.

PUBLICIDADE
Sair da versão mobile