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Parlamentares se disponibilizam a mediar acordo

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A greve dos docentes municipais completa 70 dias e vive um impasse com as conversas entre a Prefeitura e o Sindicato dos Professores (Sinpro), mediadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em meio a uma paralisação arrastada, que prejudica uma rede que atende a mais de 40 mil alunos, representantes dos poderes legislativos juiz-foranos e estadual se colocam à disposição para atuar como mediadores. Hoje, a Câmara deve nomear uma comissão que pretende acompanhar as negociações. Ao menos, tal intenção foi manifestada em ofício da Mesa Diretora encaminhado à Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) na semana passada, que, segundo o vice-presidente da Casa, José Márcio (PV), ainda não foi respondido pela PJF. Em Belo Horizonte, os deputados estaduais Rogério Correia (PT), Professor Neivaldo (PT), Leonídio Bouças (PMDB) e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), Adalclever Lopes (PMDB) receberam uma comitiva de grevistas na última quarta-feira e também se disponibilizaram a, dentro do possível, a contribuir para a solução do impasse.

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“Quem está de fora pode ter um olhar mais amplo sobre a questão. Entendemos as dificuldades financeiras e respeitamos a autonomia dos municípios, mas também temos que respeitar a realidade dos professores. Participei da construção do acordo entre o Governo de Minas e os professores estaduais e acredito que é possível chegar a um entendimento entre as partes”, afirmou Rogério Correia, que intermediou o encontro com os demais parlamentares. Segundo o petista, o presidente da ALMG, inclusive, ficou de fazer contato com o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) – que esteve ontem em Belo Horizonte – para se inteirar das negociações e se disponibilizar a contribuir para a solução do impasse. Em ligações telefônicas para a presidência do Legislativo estadual e para o gabinete de Adalclever, a Tribuna não conseguiu contato com o peemedebista.

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Movimentação
Uma possível participação de parlamentares municipais e estaduais como mediadores das conversas é resultado de um movimento político coordenado pelos grevistas. Os esforços já resultaram em pequenas vitórias. Uma delas ocorreu na última quarta-feira, quando a Câmara aprovou requerimento assinado por dezessete vereadores solicitando à Prefeitura a retirada do artigo 9º da Lei Municipal 13.011/14, uma das principais reivindicações da pauta que levou os docentes a cruzarem os braços.
Independente disso, a sensação é de que o imbróglio seja equacionado pela via jurídica. Após a realização de uma primeira audiência de conciliação no TJMG, há dois dias, a desembargadora Teresa Cristina da Cunha Peixoto determinou a realização de duas reuniões entre as partes, antes de um novo encontro no tribunal, na próxima sexta-feira. Hoje, os grevistas discutem o movimento em assembleia agendada para as 14h, no Ritz Hotel, debate em que a deliberação pela continuidade do movimento é considerada certa.

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