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Deputados cobram investimentos para a segurança de Juiz de Fora

para isauro calais e preciso avaliar que juiz de fora possui quase um milhao de habitantes considerando populacao flutuante fernando priamo

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PARA ISAURO Calais, é preciso avaliar que Juiz de Fora possui quase um milhão de habitantes, considerando população flutuante FERNANDO PRIAMO
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PARA ISAURO Calais, é preciso avaliar que Juiz de Fora possui quase um milhão de habitantes, considerando população flutuante FERNANDO PRIAMO

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MÁRCIO SANTIAGO propõe reunião entre os cinco parlamentares eleitos por JF para criar um bloco de pressão junto ao Governo OLAVO PRAZERES

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NORALDINO JÚNIOR defende a ampliação do programa Olho Vivo e o uso de drones para auxiliar na prevenção e combate ao crime MARCELO RIBEIRO

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ANTÔNIO JORGE afirma que houve um desmonte nas polícias Militar e Civil e diz que enfoque de discussão tem que ser regional MARCELO RIBEIRO

LAFAYETTE ANDRADA defende projetos com foco na prevenção e propõe trabalho conjunto entre os governos estadual e federal FERNANDO PRIAMO

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O aumento da violência em Juiz de Fora, que acumulou recorde de mortes violentas em 2016, com 154 casos, tem mobilizado os deputados do município na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Para eles, o sucateamento e déficit de efetivo nas polícias Militar e Civil, a falta de proteção nas divisas do estado, que facilita a entrada de armas e drogas na cidade, são os principais motivos para o aumento da criminalidade e da violência. Numa tentativa de chamar a atenção das autoridades estaduais para o problema, o deputado Isauro Calais (PMDB) reivindica, para Juiz de Fora, uma reunião com as cúpulas das polícias Militar e Civil, além de gestores do Governo estadual. O encontro ainda não tem data marcada. “A cúpula da PM alega que a cidade tem efetivo acima do que deveria. Eles fazem a conta como se o município tivesse cerca de 500 mil habitantes. Todavia, hoje tem mais de 200 mil ligações de energia elétrica, são cerca de 100 mil residenciais e de 100 mil comerciais. É preciso destacar que muitas pessoas residem no comércio, e a média de cada ligação residencial é de quatro pessoas. Então, só de moradores fixos na cidade temos entre 800 mil e 900 mil, mais a população flutuante em razão da UFJF e das universidades particulares, que chega a cerca de 200 mil pessoas. Assim, Juiz de Fora tem mais de um milhão de habitantes, mas é tratada com se tivesse meio milhão. Eu estou tentando provar isso, a fim de mudar essa ideia. A PM está sem estrutura, sem efetivo, sem a mínima condição para atuar. Já a Polícia Civil sofre com o seu desmantelamento. Exemplo é São João Nepomuceno que tinha seis delegados e hoje tem apenas um. O efetivo da Civil é de 30 anos atrás”, destaca Calais.

Proteção nas divisas

O peemedebista afirma que a facilidade de entrada de drogas e armas na cidade tem levado a juventude para a criminalidade. “Tenho cobrado ações para promoção de uma divisa segura, pois estamos ao lado de Três Rio, e é muito fácil a vinda de drogas e armas para nossa cidade, já que temos entrada pelo Rio de Janeiro e pelo Espírito Santo. Solicito que tenhamos mais proteção nas nossas divisas, para evitar que a juventude se mate com uso de arma de alto calibre. Considero que a Zona da Mata está desguarnecida”, denuncia Calais. O parlamentar pondera que o tema violência precisa ser debatido entre Prefeitura, Câmara, Governo estadual e comandos da PM e da Polícia Civil. “Não se faz segurança só com saliva, segurança se faz com investimento em pessoal, em equipamentos, em armamento, em viaturas modernas, helicópteros. Destinei recurso para adquirir arma não letal e para a academia da Guarda Municipal de Juiz de Fora, e esperamos que o Estado faça isso para a PM e a Civil.”

 

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Proposta para formação de bloco parlamentar

O deputado missionário Márcio Santiago (PR) considera importante uma união entre os cinco deputados estaduais por Juiz de Fora na luta por mais investimento. “O importante seria a formação de um bloco para cobrar do Governo do estado e do comando da PM o aumento do efetivo policial. Em São Paulo, percebi a presença de policial nas ruas, o que não é observado aqui. Cobrar da Prefeitura também a abertura de concurso para a Guarda Municipal. Hoje, Juiz de Fora tem mais de 700 mil habitantes, e a lei é clara, nos municípios com população acima de 500 mil, a Guarda Municipal pode portar arma e isso ajudaria no combate à criminalidade”, vislumbra Santiago. Ele enfatiza que o aumento da criminalidade é realidade em muitos municípios de Minas. “Tenho canalizado emendas parlamentares para aquisição de viaturas e equipamentos, cobrando do comando da Polícia Militar o incremento do efetivo, haja vista a defasagem em todo o estado. Também destinei para Guarda Municipal emendas para aquisição de motos e armamento não letal”, ressaltou o parlamentar, lembrando que, atualmente, um projeto de lei tramita na Assembleia sobre o uso de drone para monitoramento das cidades. “Isso vai possibilitar uma ajuda efetiva no combate à violência”, defende o deputado que, a partir de fevereiro, vai integrar a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa.

Ampliação do Olho Vivo e uso de drones

A ampliação do programa Olho Vivo é uma das apostas do deputado Noraldino Júnior (PSC) no combate ao aumento da criminalidade. “Mantenho um diálogo constante com a Secretaria de Estado de Defesa Social na busca de incrementos desse programa. Também já assumi o compromisso junto à Polícia Militar e à Polícia Civil da cidade de destinar, este ano, emenda parlamentar para a aquisição de drones, que são ferramentas importantíssimas na prevenção e combate ao crime”, destaca o parlamentar, acrescentando que já destinou emendas para aquisição de armamento não letal e viatura para a Guarda Municipal, além de indicações para compra de equipamentos e materiais para as polícias Militar e Civil. “Na Assembleia, já fiz requerimentos ao governador, pedindo providências para o aumento do efetivo de policiais militares do município, e ao comando-geral da PM para aumentar o policiamento ostensivo nas imediações das escolas estaduais, que têm sido alvo de arrombamentos e vandalismo”. Para o deputado Antônio Jorge (PPS), a população precisa ter consciência de que houve um desmonte da Polícia Militar e da Polícia Civil. Segundo ele, existe uma precariedade na estrutura e uma queda brutal nos investimentos no que diz respeito ao número de efetivo e viaturas. Ele destacou que já realizou quatro reuniões sobre segurança na Zona da Mata, sendo duas com o comando em Juiz de Fora. A primeira em novembro de 2015 e a segunda em setembro de 2016; além de outras duas com os dois secretários de estado de Defesa Social: o anterior, Bernardo Santana, em junho de 2015, e com o atual, Sérgio Barbosa Meneses, em abril de 2016, sempre discutindo a questão com enfoque regional. Para ele, “não adianta pensar Juiz de Fora isoladamente”.

Diálogo

O deputado Lafayette Andrada (PSD), que já esteve à frente da Secretaria de Estado de Defesa Social, considera que precisa haver diálogo nos âmbitos estadual e federal, para que seja dada a Juiz de Fora a necessária resolução para essas questões. “O problema da violência e o consequente aumento dos crimes violentos é notável e precisa ser combatido não só de forma repressiva, mas preventivamente.” Ele destaca que, no período que esteve à frente da Secretaria de Estado de Defesa Social, foi idealizada e inaugurada a 107ª Área Integrada de Segurança Pública de Juiz de Fora (Aisp), a primeira do estado a contar com uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros na estrutura, juntamente com uma Companhia da Polícia Militar e uma Delegacia da Polícia Civil. “A Aisp atende a uma população de aproximadamente 70 mil pessoas, de 33 bairros. Também foram encaminhadas 55 viaturas à PM de Juiz de Fora”, informa o parlamentar, lembrando que também foi responsável para autorização de contratação de 71 novos agentes penitenciários para as unidades prisionais da cidade. Lafayette diz ainda que, como secretário de de Defesa Social, reforçou ações do Programa de Controle de Homicídios Fica Vivo. “O estado ganhou quase 200 postos de coleta de armas e munições na campanha de desarmamento. Também foi concedido aumento salarial de 100% a policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários e socioeducativos e mil novas viaturas foram entregues à PM.”

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