Candidato ao Governo do estado pelo partido Novo, Romeu Zema cumpriu agenda eleitoral em Juiz de Fora nesta sexta-feira (21). O empresário chegou ao município no início da tarde, às 13h, para almoço com correligionários e empresários locais no Independência Trade Hotel. O encontro foi organizado pelo Centro Industrial de Juiz de Fora, pela Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e pela Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora e Região (ADJFR). Logo em seguida, o candidato conversou com a imprensa e depois fez corpo a corpo com o eleitorado na região central da cidade.
Conforme o presidente do Centro Industrial, Tadeu Monteiro de Barros, organizador do encontro, cerca de 130 pessoas estiveram presentes, “das quais 95% eram empresários”. Os candidatos do Novo à Assembleia Legislativa, Igor Burkowski, e à Câmara dos Deputados, Alessandro Backx, Carlos Eduardo Pereira da Silva e Marcelo Cabral também participaram dos atos de campanha. Às 15h20, em frente à Câmara Municipal, Zema foi recepcionado por apoiadores, que o acompanharam pela região central. O candidato percorreu o Calçadão da Rua Halfeld, no qual conversou com comerciantes, consumidores de estabelecimentos comerciais e policiais militares, além de ser abordado por simpatizantes. Às 16h, deixou o Centro para reunir-se com a direção do Hospital Monte Sinai. O empresário também participou de um debate na Faculdade de Administração e Ciências e Contábeis da UFJF.
Na defesa do Estado mínimo
A redução do Estado norteia o programa de Governo da legenda, exemplificada em propostas como o corte e a junção de determinadas secretarias e a diminuição dos cargos comissionados. Conforme a última pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira (20), Romeu Zema tem 7% das intenções de voto, na terceira colocação, 16 pontos percentuais atrás do governador Fernando Pimentel (PT).
O candidato criticou a gestão do governador petista. “Transformou Minas num grande cabide de empregos”, declarou, ao falar sobre o aumento do quadro de pessoal. Se eleito, Zema apontou as medidas emergenciais a serem adotadas. “Vamos ter, em vez dos atuais 21 secretários, apenas nove, e pretendemos cortar 80% dos cargos comissionados. Vamos reavaliar todos os contratos do Estado, porque precisamos reduzir a despesa, e, simultaneamente, renegociar com o Governo federal a dívida de Minas.”
Zema indicou as pastas que serão submetidas ao regime de austeridade. “Não vamos ter as secretarias do Sistema Prisional e da Segurança, que serão unificadas. Não teremos a Secretaria de Cultura, que será encampada na Secretaria de Educação, Esporte e Cultura. Não é a criação de secretarias que resolve os problemas e, sim, uma equipe bem montada.”
Sistema tributário
Em razão da situação fiscal do Estado, Zema propõe rever a carga tributária para atrair empresas, que “são perdidas para outros estados”. “Em um primeiro momento, simplificaremos a legislação do ICMS. Isso não significa queda na arrecadação, nem maior custo para o contribuinte; significa que ele vai ter apenas que trabalhar menos para atender as necessidades do Estado.” Para o candidato, é preciso fazer uma redução nas categorias de cobrança do ICMS “para cinco ou seis, já que hoje há infinitas categorias”.
A redução das alíquotas, entretanto, foi descartada no início do mandato. “Em um primeiro momento, talvez não haja queda nas taxas, pois o Estado está quebrado, mas, logo em seguida, nós queremos começar (a reduzir). E vamos conversar também com alguns setores que afirmam que Minas se tornou inviável para investir. A área de combustível é um exemplo. Não existem postos que conseguem competir na divisa com São Paulo.”
Romeu Zema segue em campanha, neste sábado (22), pela Zona da Mata. Às 9h, visita Ubá; já às 10h30, passa por Visconde do Rio Branco e, às 12h30, por Viçosa. Encerra a agenda em Araponga, às 15h30, antes de retornar a Belo Horizonte.