O ex-diretor-geral da Câmara de Juiz de Fora, William Coury Jabour, morreu na manhã de ontem em Juiz de Fora aos 70 anos. Ele ingressou na Câmara como redator de atas em 1965, exerceu a função de advogado a partir de 1966, passou a procurador um ano depois e, em 1970, a diretor-geral, cargo que desempenhou até 2007. Antes da sessão ordinária de ontem, os vereadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao ex-funcionário da Casa, que estava doente há algum tempo. Em nota, o presidente da Câmara, Carlos Bonifácio (PRB), tratou Willian com uma espécie de símbolo do Legislativo juiz-forano e considerou sua morte "como uma grande perda para as instituições democráticas e para a cidade."
O vereador Isauro Calais (PMN), que presidiu os vereadores por dois mandatos, lembrou da forma "amável e cordial" como o ex-diretor-geral recebia os novatos. "Chegávamos perdidos nesta Casa e éramos todos acolhidos por este homem, que muito contribuiu para a formação política de Juiz de Fora." Os funcionários também renderam homenagens ao antigo companheiro de trabalho. Visivelmente emocionada, a chefe da Divisão de Expediente, Elzi Zaghetto Miranda, referiu-se a Willian como "um mestre". O chefe da Divisão de Documentação da Câmara, Raymundo Mendes, lembrou do longo período que trabalhou ao lado do ex-diretor-geral. "Perdemos um amigo, e a cidade perdeu um grande homem."
Durante o período em que esteve na Câmara, o ex-diretor-geral chegou a trabalhar com o irmão, Wilson Coury Jabour, que foi vereador e presidente da Casa. Ele teve ainda participação em grande momentos vividos na Casa, como a elaboração da Lei Orgânica Municipal e do Regimento Interno. William exerceu um papel importante também no Executivo. Foi secretário de Administração dos prefeitos Itamar Franco e Saulo Pinto Moreira. Por iniciativa do vereador Júlio Gasparette (PMDB), foi aprovada uma moção de pesar que será entregue à família de Willian Jabour.