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Margarida Salomão sinaliza nomeação de negros para postos-chave da PJF

margarida reprodução
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O dia da Consciência Negra, nesta sexta-feira (20), deu o tom à primeira peça publicitária da candidata Margarida Salomão (PT) na retomada do horário eleitoral gratuito em emissoras de rádio e TV para o segundo turno das eleições municipais. Em programa de cinco minutos, que foi ao ar entre 13h e 13h10, a candidata, após apontar a necessidade de Juiz de Fora recuperar as próprias raízes negras, promete um governo, caso eleita, no qual a população negra será representada. A petista, inclusive, sinaliza a nomeação de “negras e negros em posições-chave na nossa gestão”. Em tom contido, Margarida faz referências críticas ao adversário Wilson Rezato (PSB) em apenas dois momentos. Em ambos, contudo, a candidata opõe as próprias propostas de ordenamento urbano àquelas já apresentadas por Wilson durante a campanha.

Após interlocuções com militantes do movimento negro de Juiz de Fora, como Giane Elisa Sales de Almeida e Caroline Gerhein, Margarida aponta que a cultura, em seu governo, seria uma ferramenta de acesso da população negra à cidade, bem como de geração de empregos. “Vamos ter pontos de cultura nos bairros, com bolsas, para as pessoas poderem desenvolver as suas atividades. Outro dia eu estava conversando com um MC, um rapaz novinho lá da Ponte Preta, e ele falou o seguinte comigo: tem que investir em cultura, porque cultura salva. E é a pura verdade, porque trabalha a alma e emprega. A cultura dá emprego”, propõe a petista.

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Em fala subsequente, a candidata ressalta que, em Juiz de Fora, os negros moram majoritariamente na periferia, e, conforme Margarida, não foram incluídos “nem no trabalho, nem na educação, nem na cidade”. Então, a petista promete uma estrutura na Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) “para fazer a luta antirracista” com a presença de “negras e negros em posições-chave na nossa gestão para que o povo negro de Juiz de Fora se reconheça no governo democrático da cidade”. Em promessa de campanha anterior, inclusive, Margarida Salomão já havia prometido a formação de um secretariado paritário em gênero.

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Além de Giana e Caroline, o primeiro programa eleitoral de Margarida no segundo turno ainda teve depoimentos de outros militantes negros, como o padre Guanair da Silva Santos, Dagna Costa, Marilda Simeão e Fernando Elioterio, candidato pelo PCdoB à PJF derrotado no primeiro turno. E foi justamente uma fala de Elioterio que marcou uma das provocações do programa petista ao oponente Wilson Rezato. “A próxima prefeita, Margarida Salomão, sem dúvida nenhuma, vai ser quem vai dialogar com a nossa população que mais precisa. Não essa população do seminário de Santo Antônio ao Manoel Honório, mas, sim, a população do Olavo Costa, do Alto Santos Dumont, do Santa Efigênia”, fala Elioterio, em um registro do encontro entre Margarida e lideranças negras juiz-foranas realizado na última quarta-feira (18).

Em outra clara provocação a Wilson – novamente sem citá-lo -, a candidata garante que, se eleita, governará para todos. “Nós temos uma região da cidade, que agora vem a ser jocosamente chamada de Dubai, que é a cidade branca. E temos a cidade negra na periferia de Dubai. Nós não podemos governar a cidade se nós não a compreendermos por inteiro.”

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