Segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB) deve tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições de outubro. A informação foi publicada na tarde desta sexta-feira (20) pelo jornal “O Tempo” e dá conta de que o tucano teria se reunido com amigos próximos e aliados nesta quinta-feira em um sítio da família em São João del-Rei, sua cidade natal, quando teria comunicado a decisão de se lançar candidato a deputado federal. O encontro em questão é negado pela equipe de Aécio, que afirmou à Tribuna que ainda não há uma definição sobre quais caminhos serão seguidos pelo tucano na campanha eleitoral.
Ainda de acordo com o informativo de Belo Horizonte, o comunicado foi feito após Aécio ter sido recorrentemente questionado sobre seu posicionamento por pessoas próximas, que acabaram sendo os primeiros a serem informados da decisão do tucano de não tentar a reeleição para o Senado, em disputa majoritária. Em nota encaminhada à Tribuna, o gabinete de Aécio Neves afirmou que o senador tem “recebido muitos amigos e lideranças políticas nos últimos dias, mas não esteve em nenhum sítio em São João del-Rei”. “O senador não tomou ainda qualquer decisão em relação a seu futuro político, o que deverá ocorrer na próxima semana depois de reunir-se com parlamentares do partido e com o candidato ao governo, senador Antonio Anastasia (PSDB)”, afirma o texto.
Depois de um bom desempenho nas urnas em 2014, quando obteve mais de 51 milhões de votos no pleito vencido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o tucano viu seu potencial eleitoral questionado. O senador foi apontado em suspeitas no âmbito da operação Lava Jato e se tornou réu pela primeira vez sob acusação de corrupção e obstrução de Justiça, após ter sido gravado em conversas com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, a quem o tucano solicitou R$ 2 milhões. Segundo Aécio, o montante se referia a um empréstimo.
As especulações dão conta ainda que, caso eleito, Aécio deve concorrer à Presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2019, quando a futura legislatura toma posse. O tucano já desempenhou a função entre 2001 e 2002, antes de se eleger governador de Minas Gerais pela primeira vez. O nome do senador tem sido evitado durante a pré-campanha do PSDB ao Governo de Minas, encabeçada pelo também senador e ex-governador Antonio Anastasia.