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PSOL define pré-candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora

Lorene figueiredo arquivo pessoal editada
Professora desde 1985, Lorene tem graduação em História e pós-graduação nas áreas de Educação e Políticas Públicas (Foto: Arquivo Pessoal)
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O diretório municipal do PSOL deliberou pela indicação de pré-candidatura própria da legenda à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) nas eleições municipais inicialmente marcadas para outubro. O nome escolhido por aclamação como possível candidata ao Poder Executivo Municipal foi de Lorene Figueiredo. professora da Universidade Federal de Juiz de Fora, ela é presidente da sigla na cidade desde 2018 e, neste mesmo ano, disputou uma cadeira na Câmara dos Deputados e obteve 2.260 votos.

A partir da definição da pré-candidatura, o PSOL de Juiz de Fora entende que já é possível iniciar os trabalhos para apresentar os projetos da legenda para a cidade. Em um primeiro momento, todavia, a pré-candidata à PJF antecipou à Tribuna o intuito de utilizar o processo eleitoral para fazer uma discussão sobre o atual cenário político vivenciado no Brasil, com tom críticos a outras esferas como os governos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do governador Romeu Zema (Novo). “Queremos uma cidade que se materialize como uma cidade solidária”, pontua.

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“A nossa candidatura faz um chamado para o campo da esquerda. Não estamos aqui para crescer por autofagia. Não queremos enfrentar outros companheiros de esquerda. Queremos uma construção cooperada e discutir e debater no bom trato republicano aquilo que é um caminho alternativo para a cidade e também para o estado e para o país”, considera a pré-candidata. Neste sentido, o PSOL sinaliza diálogo aberto com frente de esquerda e de movimentos sociais, por exemplo. “Mas no momento estamos privilegiando um trabalho interno para discutir eixos de intervenção na cidade.”

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Presidente do diretório municipal da sigla, lorena afirma ainda que o partido vai trabalhar para eleger o seu primeiro vereador em Juiz de Fora, “A nossa Câmara é vergonhosa do ponto de vista de sua composição de maioria conservadora. “É um cenário difícil, mas nunca fácil para aqueles que levantam bandeiras de luta como maior distribuição de renda, de redução de desigualdades e de que haja um projeto de desenvolvimento para a cidade que seja para o conjunto dos que trabalham e não para o favorecimento de alguns grupos econômicos”, avalia.

Perfil

Professora desde 1985, Lorene tem graduação em História e pós-graduação nas áreas de Educação e Políticas Públicas. Ela também já atuou nas redes de educação municipal, estadual e privada. Desde 2010 trabalha em universidades federais, acumulando passagem também pela Universidade Federal Fluminense (UFF) _ Campus Santo Antônio de Pádua.

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O diretório municipal do PSOL considera que já iniciou sua mobilização de olho nas discussões das eleições de outubro ainda no ano passado, quando realizou seminários que abordaram temas relacionados a saúde pública, assistência Social e educação. Tais encontros devem ser usados para o pontapé inicial da consolidação do programa da legenda para a disputa da PJF.

Partido ressalta nova aposta em uma mulher

Lorene também destaca o fato de o PSOL de Juiz de Fora optar uma vez mais pela indicação de uma mulher para a disputa da Prefeitura. Em 2016, a servidora da UFJF, Maria Angélica, foi a candidata do partido ao Poder Executivo. “É inegável que, desde o ‘Fora, Cunha!’, as mulheres vêm protagonizando lutas importantes no cenário nacional. Também no cenário internacional como a ‘Greve Mundial de Mulheres’ que vem acontecendo desde 2017. Isto por um motivo muito objetivo. Em um cenário de aprofundamento de recessão e de avanço do conservadorismo, as mulheres, junto com o negro e os LGBTQI+ acabam sendo os setores mais oprimidos. Esta candidatura expressa este movimento e essa luta e se dispõe a representá-la”, afirma,

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No mesmo sentido, a pré-candidata lembrou ainda o movimento “Ele não”, que marcou posição contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. “Foi marcadamente construído pelas mulheres”. Todavia, Lorene considerou que não basta ser mulher, citando a possibilidade de que a cidade tenha outras candidatas à PJF, alguma delas posicionadas no espectro mais conservador do tabuleiro político nacional. “Não basta ser mulher. Temos candidaturas colocadas na cidade para este pleito que representam o oposto desta luta. Ter a candidatura de uma mulher implica em ter um projeto que dê uma resposta ao avanço do conservadorismo, da direita e do autoritarismo.”

Além de Lorene, pelos menos quatro mulheres são apontadas como pré-candidata À Prefeitura de Juiz de Fora: a deputada federal Margarida Salomão (PT), a deputada estadual Sheila Oliveira (PSL), delegada da Polícia Civil, Ione Barbosa (Republicanos) e a sindicalista Victória Mello (PSTU).

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