Em greve desde 11 de fevereiro, os trabalhadores em educação do Estado de Minas Gerais deliberaram por unanimidade, nesta quinta-feira (20), em assembleia, em Belo Horizonte, a manutenção da mobilização da categoria por tempo indeterminado mesmo após a aprovação, em plenário, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de reajuste salarial para todo o funcionalismo público. A ausência de negociações com o Governo Romeu Zema (Novo) acerca de reivindicações, como a valorização salarial, o pagamento integral do 13º salário e o cumprimento do piso salarial da classe – conforme as leis estadual 21.710/2015 e federal 11.738/2008 -, somada à promessa de veto à emenda que estende a recomposição salarial para todas as carreiras do Estado levaram a educação a manter o movimento grevista.
De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Denise de Paula Romano, havia uma reunião marcada com representantes do Executivo para esta quinta. Entretanto, fora cancelada pelo Governo. “Mantivemos a greve porque não há nenhuma proposta colocada na mesa, e o Governo anunciou pela imprensa que vai vetar a emenda. Então, a continuidade da greve é pelo pagamento do piso salarial profissional nacional. Temos uma pauta específica que há mais de um ano o Governo tem conhecimento. (…) Havíamos solicitado uma reunião, que estava marcada para hoje (quinta), mas o Governo remarcou para 5 de março, com a justificativa de que está analisando a legislação que foi aprovada na ALMG.”
Na data, além da reunião junto a representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, a categoria realizará uma vigília na Cidade Administrativa e, posteriormente, se reunirá em nova assembleia para definir os rumos da greve. A nível local, o Sind-UTE Subsede Juiz de Fora promoverá, nesta sexta, às 9h, no Instituto Estadual de Educação, assembleia.