Policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários e socioeducativos de Minas Gerais voltaram atrás e cancelaram a manifestação prevista para a tarde desta quinta-feira (19) na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. Segundo a categoria, a decisão foi tomada no fim da tarde de quarta (18), após o Governo estadual reabrir a negociação salarial para recompor perdas inflacionárias. Um próximo encontro entre as partes envolvidas foi agendado para 7 de outubro.
O Executivo já reconheceu que a defasagem chega a 28,68%, sendo elevada a 43,16% até o fim do mandato, em 2022. No entanto, na última segunda, uma reunião entre deputados estaduais e federais, lideranças das entidades e secretários não resultou em acordo, já que a classe rejeitou a proposta de correção escalonada entre setembro de 2020 e março de 2023, principalmente por não terem sido apresentados os índices de cada etapa.
Três ônibus de servidores de Juiz de Fora seguiram para a Cidade Administrativa na segunda, quando ocorreram protestos do lado de fora durante as mais de seis horas de conversa. A expectativa para esta quinta era de que pelo menos dois coletivos, compostos por policiais civis, militares reformados e agentes penitenciários e socioeducativos retornassem à capital.
O presidente da Associação do Sistema Socioeducativo e Prisional de Juiz de Fora (Assprijuf), Wanderson Pires, e o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Minas Gerais (Sindpol), Marcelo Armstrong, confirmaram que o ato foi revisto. “O Governo retomou a negociação com a categoria, e dia 7 de outubro haverá reunião com deputados e entidades para informar o cronograma da reposição salarial”, pontuou Armstrong.
A categoria espera que no dia 7 de outubro sejam apresentados data, mês e percentual a ser recebido em cada ano. As forças de segurança afirmam, em documento, que “adiaram” a manifestação, após o secretário de Governo de Minas, Bilac Pinto, entrar em contato com as lideranças, confirmando que as negociações estão abertas e marcando nova data.