Para Júlio, o apoio a Ciro não seria algo novo, assim como possíveis saias justas provocadas pelo temperamento forte do ex-governador do Ceará. “Defendo que a gente possa caminhar com a candidatura do Ciro. Mesmo sabendo de possíveis problemas. Lá em 2002, com meu pai prefeito de Juiz de Fora (Tarcísio Delgado, PSB), apoiamos o Ciro, então no PPS. Ele estava bem nas pesquisas, quando houve momentos de rompantes dele, o que impediu que pudéssemos avançar. É bom lembrar que já estivemos do lado dele e espero que ele já tenha amadurecido nestes últimos 16 anos.”
Assim, Júlio descartou especulações recentes que davam conta de que uma reviravolta interna poderia levar o PSB a optar por uma candidatura própria à Presidência da República, em um cenário – até então hipotético – que colocou o nome do juiz-forano como um possível candidato.
“Seria uma atitude inesperada em um momento em que o PSB discute a possibilidade de apoiar outros nomes. Se isto tivesse sido trabalhado quando da desistência do Joaquim Barbosa (ex-presidente do Supremo Tribunal Federal) poderíamos ter construído um nome para percorrer o Brasil”, afirmou, reforçando que segue focado em sua pré-candidatura à reeleição para a Câmara dos Deputados. “Continuo minhas andanças por Minas, colocando o meu projeto original”, resumiu Júlio.
Sobre a disputa pelo Governo de Minas, Júlio defendeu a possibilidade de uma aproximação entre os pré-candidatos do PSB, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, e do DEM, o deputado federal Rodrigo Pacheco. “Se os dois disputarem a possibilidade de serem uma terceira via, eles vão prejudicar um ao outro, possibilitando que as eleições se polarizem outra vez,”, considerou, lembrando as pré-candidaturas de Fernando Pimentel (PT) e Antonio Anastasia (PSDB), que representam grupos antagônicos nas principais disputas eleitorais do país nos últimos anos.