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Candidatos ao Governo de Minas já arrecadaram R$ 13,2 milhões

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As pesquisas de intenções de voto apontam que a corrida pelo Governo de Minas deve ser decidida entre dois velhos conhecidos do eleitorado mineiro: o atual governador Fernando Pimentel (PT) e o ex-chefe do Executivo estadual, Antonio Anastasia (PSDB), em um cenário que remonta à polarização entre petistas e tucanos que marcou a história recente das disputas políticas nos âmbitos estadual e nacional. No que depender da capacidade de financiamento apresentado pelos nove candidatos ao Palácio da Liberdade, o cenário apontado pelos levantamentos de intenções de votos tende a se confirmar, uma vez que Anastasia e Pimentel arrecadaram juntos cerca de 92% dos R$ 13,2 milhões amealhados pelas atuais candidaturas.

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Sozinho, o tucano responde por 60% do montante, tendo aproximadamente R$ 7,9 milhões a disposição para chegar até o eleitor. A segunda maior campanha que mais arrecadou foi a de Pimentel: R$ 4,2 milhões. O valor é 46% menor que o de Anastasia, principal concorrente na disputa eleitoral. Entre os demais candidatos, em números aproximados, Adalclever Lopes (MDB) angariou R$ 509 mil; Romeu Zema (Novo), R$ 385 mil; Claudiney Dulim (Avante), R$ 98 mil; João Batista Mares Guia (Rede), R$ 74 mil; Jordano Metalúrgico (PSTU), R$ 47 mil; Dirlene Marques (PSOL),
R$ 8 mil; e Alexandre Flach (PCO), R$ 600 (ver quadro). Este último recorre para reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais que indeferiu sua candidatura.

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Despesas

Se, por um lado, o senador Antonio Anastasia é quem já garantiu o maior montante de recursos para financiar seu projeto para retornar ao Governo de Minas, até aqui, não foi o tucano quem comunicou ao TRE os maiores valores de despesas de campanha contratadas. Anastasia já informou gastos da ordem de R$ 5,4 milhões. Contudo, Pimentel já informou ao TSE uma previsão de R$ 6,4 milhões em dispêndios. Os números chamam a atenção até o momento pelo fato de o total de despesas comunicados pelo petista ser R$ 2,2 milhões a mais do que já foi arrecadado por sua campanha. Cabe ressaltar, no entanto, que os candidatos ainda não fizeram suas prestações finais das contas.

Curiosamente, entre as duas campanhas a governador que podem ser consideradas milionárias, ao menos até o momento, chama atenção o perfil dos gastos. Assim, tanto Anastasia como Pimentel têm como principal despesa de campanha os valores destinados à produção de programas de rádio, televisão ou vídeo. O tucano já destinou R$ 3,7 milhões para tal – 69% do total arrecadado por sua campanha. Com menos tempo de TV, o petista despendeu R$ 2,8 milhões para a confecção de peças audiovisuais – 44% do total arrecadado.

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R$ 9,5 milhões têm origem em fundos eleitoral e partidário

Dos cerca de R$ 13,2 milhões arrecadados pelas atuais candidaturas ao Governo de Minas até o momento, R$ 9,5 milhões são originados de recursos públicos direcionados para os partidos políticos em atividade, ou seja, 72% dos recursos disponíveis às campanhas.

O alto percentual é reflexo de mudanças recentes na legislação eleitoral. Entre as principais alterações que fomentaram tal cenário está a que, a partir dos pleitos municipais de 2016, proibiu a doação de recursos de campanhas feitos por empresas. A que mais pesa, entretanto, é a que instituiu o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o fundo eleitoral, que distribuirá mais de R$ 1,7 bilhão proveniente de recursos públicos para os partidos brasileiros promoverem suas campanhas nas eleições 2018.

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Só entre os nove candidatos ao Governo mineiro, R$ 9,4 milhões dos recursos destinados para a campanha têm origem no chamado fundo eleitoral – 71,3% da arrecadação já informada ao TRE. Por outro lado, recursos oriundos do fundo partidário respondem apenas por R$ 98 mil, ou 0,7% do total disponível para os candidatos.

Por fim, outros recursos que não sejam oriundos dos dois fundos mantidos com recursos públicos, como, por exemplo, doações de pessoas físicas, financiamentos coletivos, recursos próprios do candidato ou recursos estimáveis (cessões voluntárias de imóveis, veículos e de prestação de serviços), representam R$ 3,7 milhões – 28%.

 

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