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Câmara debate futuro de famílias desabrigadas

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A Câmara iniciou, na manhã desta quarta-feira (16), a primeira reunião da comissão especial que apura a situação das 39 famílias desabrigadas após a desocupação de residências no Condomínio Novo Triunfo II, na Zona Norte de Juiz de Fora. Participam do encontro os vereadores integrantes da comissão, Roberto Cupolillo (Betão, PT), Jucelio Maria (PSB) e Léo de Oliveira (PMN), o diretor-presidente da Emcasa, Luiz Carlos dos Santos, o secretário do Desenvolvimento Social, Flávio Cheker, além de representantes das famílias e de outras entidades.

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Os grupos familiares foram alvo de uma ação de reintegração de posse na semana passada. Os imóveis, provenientes de consórcio com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo federal, vinham sendo ocupados irregularmente desde junho. No mesmo dia, 15 famílias foram conduzidas para o Cesporte, no Bairro Santa Terezinha. A decisão de criar a comissão foi tomada após a realização de uma reunião do Legislativo com secretários municipais, que reforçaram que o Executivo não foi protagonista do processo e segue acompanhando os desabrigados, que foram alojados no Cesporte.

Durante a discussão desta quarta, foi oferecido espaço para que cada participante expusesse seu ponto de vista a respeito do tema. Os representantes das famílias questionaram a escolha dos grupos familiares contemplados no sorteio das casas e exigiram a investigação do processo. “A gente não ocupa porque quer, e sim porque precisamos. Fomos para as residências porque elas estavam vazias. Queremos uma fiscalização mais rígida para saber porque os verdadeiros necessitados não foram contemplados”, disse uma das representantes. “Ninguém está confortável no Cesporte. Nossos filhos não estão frequentando escola por falta de transporte e ficam com medo dessa situação”, completou outro. Durante a reunião, por diversas vezes, os ânimos ficaram exaltados.

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Ainda no encontro, as famílias denunciaram casos de irregularidades, como pessoas que já possuiriam outros imóveis e que foram contempladas no sorteio e outras que teriam tido seus nomes retirados do processo. Em sua fala, Luiz Carlos dos Santos lembrou que os programas habitacionais seguem modelo nacional e, no caso do Novo Triunfo II, a responsabilidade pela reintegração é da Caixa Econômica, sendo o Município um coadjuvante do processo. “A Emcasa não tem condições de investigar todos os casos, é preciso formalizar denúncia sobre as irregularidades”, disse. A afirmação provocou revolta entre os moradores, que disseram não conseguir retorno de representantes da Emcasa para tratar sobre a situação. A reunião segue ao longo da tarde.

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