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No último dia, Renato Loures anuncia desistência de candidatura à PJF

renato loures
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No último dia estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização de convenções partidárias em busca de amarrar as coligações e os candidatos a prefeito e vice-prefeito, os partidos acertaram, nesta quarta-feira (16), as tratativas ainda pendentes quanto às composições majoritárias para as eleições municipais. O presidente licenciado da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, Renato Loures (Progressistas), anunciou, em nota encaminhada à imprensa, a desistência da candidatura à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), após a tentativa de viabilizar o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e dos filhos Flávio, Carlos e Eduardo. O caminho, assim, ficou aberto para que o Progressistas anunciasse o embarque na candidatura de Sheila Oliveira (PSL). Assim o fez também o MDB: o apoio dos emedebistas à Sheila foi ratificado mesmo após o PSL ter rejeitado a indicação do juiz aposentado José Armando da Silveira como vice dela na corrida eleitoral. O posto ficará mesmo com o vereador Júlio Obama Jr. (Podemos), nome já aclamado pelo PSL em convenção.

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Como informado pela Tribuna na última segunda, Renato Loures buscou, inclusive, viabilizar o apoio de Bolsonaro e do presidente da Executiva Nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira, para levar a candidatura às ruas, uma vez que, à época do atentado sofrido pelo então presidenciável, Loures era o presidente da Santa Casa, onde o candidato fora atendido emergencialmente após a facada de Adelio Bispo de Oliveira. De acordo com Renato Loures, por inúmeras razões, a pré-candidatura acabou “desidratada e desprovida da consistência indispensável a viabilizá-la perante a disputa eleitoral”. “A par do grande entusiasmo idealizado (em torno da minha candidatura), não conseguimos penetrar, nem, tampouco, ultrapassar as barreiras políticas, os agravos que exsurgem de múltiplos interesses pessoais ou grupais, que, muitas vezes, fecham portas que poderiam estar abertas diante de interesses sociais, comunitários e populacionais. (…) Trata-se de um verdadeiro jogo, intricado e um tanto oculto, que não demos conta de jogar”, apontou, em nota, o médico.

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O presidente do diretório municipal do Progressistas, Aldimar Grunewald, confirmou à Tribuna a desistência de Loures. Grunewald já havia ponderado que a candidatura dependeria de fato do apoio político do presidente da República e dos filhos de Bolsonaro para ser viabilizada, o que não aconteceu. “O presidente, neste primeiro turno, não vai se envolver em nenhuma candidatura. Então, inviabiliza a candidatura do Renato, porque ele seria o candidato da direita em Juiz de Fora. Há outras candidaturas como Ione, Sheila e o general Marco Felício que se intitulam como da direita. Então, o Renato decidiu não entrar.”

De acordo com Grunewald, o Progressistas escolheu a deputada estadual por considerar a melhor candidatura em “questões partidárias”. “A Comissão Provisória do Progressistas entendeu ser, no momento, a melhor via em questões partidárias, até em relação ao estatuto do partido. Não foi feito nenhum tipo de negociação neste sentido (de eventuais cargos no primeiro escalão).”

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