Brasília (AE) – A Polícia Federal indiciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empresário Marcelo Odebrecht por corrupção em esquema para liberar financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à empreiteira. As conclusões do inquérito sobre o caso, investigado na operação Acrônimo, serão enviadas à Procuradoria-Geral da República, que decidirá se oferece denúncia. O indiciamento do governador, que tem foro, foi autorizado pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ele foram imputados crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A Marcelo Odebrecht, corrupção ativa.
Conforme as investigações, Pimentel recebeu vantagens indevidas para facilitar financiamentos do BNDES a projetos da Odebrecht em Moçambique e Argentina. De 2011 a 2014, Pimentel chefiou o Ministério do Desenvolvimento, pasta à qual o BNDES está subordinado. No período, o banco aprovou operações de US$ 738 milhões para a Odebrecht nos dois países. Ontem, a PF desencadeou mais uma fase da Acrônimo, mas Pimentel não foi alvo.