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Servidores federais preparam paralisação para terça; greve geral é discutida

UFJF Fernando Priamo1
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Federações e sindicatos que representam servidores públicos federais de diversas categorias estão mobilizados para levar à sociedade as discussões e os atos públicos em defesa da recomposição salarial de todas as categorias do funcionalismo público federal em 2022. Conforme agenda definida pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) nesta sexta-feira (14), na próxima terça, dia 18, será realizado o “Dia Nacional de luta dos Servidores Públicos Federais”, que deve resultar na paralisação de atividades de várias categorias. O calendário definido pelo fórum prevê novas datas de mobilização em fevereiro, com a possibilidade de greve geral a partir do dia 3 de março.

Em Juiz de Fora, também nesta sexta, um fórum que reúne sindicatos locais de servidores federais, como o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Juiz de Fora (Sintufejuf), a Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes-JF) e o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais (Sitraemg), entre outros, também se reuniu nesta sexta-feira para discutir a mobilização nacional e deliberou por engrossar o movimento. “Deliberamos por participar do calendário nacional, sendo que algumas entidades já estão já estão mais adiantadas, já com greve, e outras iniciando sua mobilização a partir do dia 18”, explicou Alexandre Magnus Melo Martins, coordenador regional do Sitraemg, que representa os servidores do Poder Judiciário Federal no estado.

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Na mobilização, o fórum local de entidades sindicais dos servidores federais deve convocar uma coletiva de imprensa na terça-feira para levar ao público suas reivindicações pela valorização da categoria. Atos públicos nas ruas estão descartados pelo atual momento da pandemia e avanço da variante Ômicron. Possíveis paralisações devem ser discutidas em assembleias feitas por cada categoria. “A gente está bem temeroso, aqui em Juiz de Fora, por causa da pandemia, que está retomando com força total”, reforçou Magnus.

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O coordenador geral do Sitraemg, disse ainda que o sindicato convocou uma assembleia, com paralisação para a próxima terça-feira, para discutir os rumos da mobilização. “Nós agendamos uma assembleia para o dia 18 de janeiro às 19h, com paralisação. A assembleia é para a gente deliberar as paralisações, greves e movimentos seguindo esses calendários nacionais”, disse Alexandre Magnus. Já o sindicato que representa os técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora e do IF Sudeste ainda deve definir seus próximos passos.

“O Sintufejuf faz sua assembleia na segunda-feira à tarde. Será uma assembleia virtual dos trabalhadores da UFJF, tanto do campus de Juiz de Fora, quanto do campus de Governador Valadares, e os trabalhadores aqui de Juiz de Fora do IF Sudeste MG para votar a paralisação do dia 18 e a construção dessa greve de fevereiro, de acordo com o cronograma nacional que está sendo discutido aí pelas pelas entidades nacionais”, afirma Flávio Sereno, coordenador-geral do Sintufejuf.

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Em assembleia na noite da última quinta-feira, professores e professoras da UFJF e do IF Sudeste MG decidiram aderir à construção da greve unificada dos servidores públicos federais. Uma nova assembleia está agendada para esta terça-feira, com paralisação convocada pela Apes.

Reivindicação

A principal pauta de reivindicação da mobilização nacional de servidores federais é a reposição salarial, com índice ainda a ser definido pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais. “Dentro das reivindicações, também estão a rejeição à PEC 32, que impõe a reforma administrativa; melhores condições de trabalho e derrubada da Emenda Constitucional 95, que institui o teto de gastos”, diz material publicado pela Apes. Os docentes incluíram também a construção de uma pauta específica do setor da educação. “Todas as categorias que estão participando desse movimento estão com os salários defasados. O serviço público está sendo sucateado e atacado”, afirmou Alexandre Magnus, coordenador do Sitraemg.

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A mobilização dos servidores federais de diversas categorias ganhou força ainda no fim do ano passado, após o Governo federal reservar R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2022 para reajuste salarial apenas de servidores da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em detrimento das demais categorias. Assim, o pleito é por isonomia. “A gente não é contra a reposição salarial de alguns segmentos. A gente quer a reposição para todo funcionalismo público, que está com os salários muito defasados. Não é coisa de um ou dois anos”, resume Magnus, que afirma que os servidores do Poder Judiciário Federal, por exemplo, não têm recomposição salarial desde 2016.

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