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Mulheres são maioria entre eleitorado juiz-forano

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Há quatro anos, maior grupo, entre os aptos a votar, era formado por aqueles com ensino fundamental incompleto (Foto: Fernando Priamo)
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Quarto maior colégio eleitoral de Minas Gerais, Juiz de Fora tem, neste domingo (15), pela primeira vez na história, mais de 400 mil eleitores aptos a ir às urnas para escolher o sucessor do prefeito Antônio Almas (PSDB). O contingente de eleitores é menor apenas do que os de Belo Horizonte, Uberlândia e Contagem. Dentre os 410.339 habilitados, 54,5% são do sexo feminino, ou seja, 223.796 cidadãs. Destas, 21.150 têm entre 35 e 39 anos, o que corresponde a 9,45% do total. Já 9,03% ou 20.217 eleitoras têm entre 30 e 34 anos. Os dados são do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais.

O número mantém as mulheres como maioria dos eleitores, como já registrado nas eleições municipais de 2016, quando as pessoas do sexo feminino correspondiam a 54,1% do eleitorado juiz-forano, isto é, 214.073. O crescimento em relação ao último pleito é de 4,5%. A maioria do eleitorado feminino de Juiz de Fora tem idade entre 25 e 44 anos: as 81.494 mulheres desta faixa etária correspondem a 36,41% do contingente feminino. Entretanto, as faixas entre 25 e 29 anos, e, ainda, entre 55 e 59 anos representam parcelas significativas, com, respectivamente, 8,92% e 8,64% das 223.796 mulheres aptas para ir às urnas.

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Os homens, por outro lado, são 186.479, o equivalente a 45,4% do eleitorado juiz-forano. A maior parte dos eleitores masculinos está concentrada entre os 25 e 39 anos – 55.918 ou aproximadamente 30%. Neste universo, a faixa etária que concentra o maior contingente é a de 30 a 34 anos, com 18.835 eleitores ou 10,10% dos homens aptos a votar. Se somados eleitores de ambos os sexos, a maior parte está concentrada entre 25 e 44 anos: são 155.245, o que corresponde a 37,8% do colégio eleitoral de Juiz de Fora. Por outro lado, 64 eleitores (0,016%) não declararam o sexo à Justiça Eleitoral.

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Ainda conforme os dados do TRE, há, em Juiz de Fora, 99 eleitores que solicitaram a inclusão do nome social no cadastro eleitoral. Como a política foi regulamentada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio de portaria em abril de 2018, estas serão as primeiras eleições municipais em que eleitores transgênero terão os respectivos nomes sociais nas urnas eletrônicas.

Raça
Embora discrimine o eleitorado a partir de sexo, faixa etária, grau de instrução e até estado civil, o painel de estatísticas da Justiça Eleitoral não tem dados dos eleitores de Juiz de Fora conforme raça. Questionado pela Tribuna, o TRE admitiu, em nota, que “não consta tal dado para eleitorado, somente candidaturas”. O Tribunal justificou que “muito provavelmente porque no formulário de alistamento do eleitor – e não sabemos a razão – não temos esse campo (de raça)”.

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Maioria tem ensino médio completo

Em relação ao grau de instrução, os dados do TRE apontam que a maioria dos eleitores de Juiz de Fora tem, ao menos, o ensino médio completo. A soma das parcelas de eleitores com ensino médio completo, com ensino superior incompleto e com ensino superior completo corresponde a 222.169, ou seja, 54,14% dos 410.339 habilitados para participar do pleito. Aqueles com ensino médio completo, aliás, correspondem à maior faixa do eleitorado: 115.936 ou 28,25% de todo o colégio eleitoral.

Se comparados os atuais dados de escolaridade àqueles de 2016, há uma mudança significativa. Há quatro anos, os maiores grupos eram formados por aqueles que tinham ensino fundamental incompleto, o que correspondia a 30%; ensino médio incompleto (22%); e ensino médio completo (20%). Os eleitores com ensino superior não figuravam entre as três primeiras posições. Entre 2016 e 2020, o número de eleitores com formação superior passou de 28.671 para 80.835, quase triplicando no período.

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Entretanto, 45,84%, ou seja, 188.090 pessoas não têm sequer o ensino médio completo. Dentre estes, a maior parte é de cidadãos com ensino fundamental incompleto, que corresponde a 91.308 pessoas – 22,25% do colégio eleitoral. Além disso, mais de 45 mil aptos ao voto, isto é, 11% têm como grau de instrução o ensino médio incompleto. Há ainda 11.661 (2,84%) que declararam à Justiça Eleitoral que leem e escrevem, bem como 6.863 (1,67%) eleitores que afirmaram ser analfabetos. Oitenta eleitores não informaram ao TRE o grau de escolaridade.

Número de idosos cresce cerca de 20%

Por outro lado, o número de idosos aptos a votar, ou seja, cuja idade é superior a 65 anos, cresceu, aproximadamente, 20% em relação àquele das eleições municipais de 2020. No pleito em que o ex-prefeito Bruno Siqueira (MDB) foi reeleito, o número de eleitores idosos era de 63.008, e, nesta eleição, é de 75.449. Em 2016, por exemplo, os idosos correspondiam a 15,93% do eleitorado juiz-forano. O percentual cresceu em 2020 para 18,38%.

A faixa etária com o maior número de idosos é aquela que se estende dos 65 aos 69 anos, com 24.855 eleitores – 6% do total. Já aquela dos 70 aos 74 anos é segunda maior, com 18.498 eleitores, o equivalente a 4,51%. Conforme as estatísticas eleitorais do TRE, 479 eleitores juiz-foranos têm cem anos ou mais, número correspondente a 0,12% do colégio eleitoral.

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