Cerca de 50 mil pessoas integraram, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (15), a Marcha Lula Livre a fim de apoiar o registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência na República, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os números foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Entre os manifestantes, estava um grupo de 90 pessoas de Juiz de região, formado por militantes, sindicalistas e estudantes. A marcha percorreu quatro quilômetros entre os arredores do Estádio Mané Garrincha e a sede do órgão judicial, onde estavam as lideranças da Executiva Nacional do PT. No percurso, as milhares de pessoas atravessaram a Esplanada dos Ministérios, com bandeiras e entoando palavras de ordem.
Os ativistas aglomeraram-se em frente ao TSE, que estava isolado por um bloqueio de grades de ferro e eram vigiados pela Polícia Militar. “Os manifestantes estão fazendo passeata em volta do TSE, que está completamente lotado. Por enquanto, eles estão falando palavras de ordem e reafirmando que não há outro candidato como plano B”, conta o estudante João Victor Rodrigues, um dos integrantes da caravana de dois ônibus que deixou Juiz de Fora na noite de terça (14). Os manifestantes juiz-foranos e das cidades vizinhas reuniram-se no Sindicato dos Servidores Públicos de Brasília antes de acompanhar a agenda oficial da marcha.
Acompanhada pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), pela deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB) e por outras lideranças petistas, a presidente do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann, solicitou o registro da candidatura de Lula por volta de 17h30 e, posteriormente, acenou aos manifestantes com o protocolo do registro. Após a formalidade, Haddad – registrado na chapa como candidato à vice-presidência – leu, de um trio elétrico, uma carta do ex-presidente aos manifestantes na qual Lula defende sua candidatura.