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Manifestantes protestam contra impeachment e fecham rodovias ao longo do País

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Atos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff continuam sendo realizados em diversas partes do País, nesta sexta-feira, 15. No Pará, cerca de 300 jovens integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) bloquearam a rodovia BR-155, em Eldorado dos Carajás, no sul do Pará. Além do ato contra o impeachment, os manifestantes também protestam contra a impunidade do chamado massacre de Eldorado dos Carajás. Em 1996, nesse local, 19 sem-terra foram mortos por policiais militares durante o cumprimento de uma ordem de reintegração de posse. O número de manifestantes foi estimado pela Polícia Rodoviária Federal. O grupo está acampado nas margens da estrada. Com a rodovia totalmente bloqueada entre Eldorado e Marabá, o trânsito está sendo desviado por estradas vicinais.

Na região Sul, manifestantes da Frente Brasil Popular paralisaram seis rodovias federais no Paraná. O bloqueio mais próximo de Curitiba já foi desmobilizado e aconteceu no quilômetro 100 da BR-277, que liga a capital paranaense a Ponta Grossa. Cerca de cem manifestantes do Movimento Popular de Moradia interromperam os dois sentidos da rodovia, entre as 6h e as 8h, provocando congestionamento de cerca de dez quilômetros. Os outros cinco pontos seguem ocupados por manifestantes do MST, sem previsão de liberação. A maior manifestação reúne cerca de mil pessoas em Nova Laranjeiras, no oeste paranaense, na altura do quilômetro 476 da BR-277.

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Em Florianópolis, integrantes do MST bloquearam dois pedágios na BR-116, no Norte de Santa Catarina, nesta manhã. Aproximadamente 230 pessoas participaram do ato, que faz parte da Jornada de Lutas e ocorre em todos os Estados do Brasil. Conforme a PRF, ainda há protestos nas cidades de Monte Castelo, no Norte, e Correia Pinto, na Serra. Nauro José Velho, integrante da direção do MST, explicou que “esta sexta é um dia de luta pela terra, pela democracia e contra o golpe”. Às 18h, os trabalhadores sem terra irão se reunir no Centro de Florianópolis para o encontro Cultura pela Democracia, que tem mais de 10 mil confirmados na página oficial.

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Ainda na região, duas caminhadas estão sendo realizadas em Porto Alegre, comandadas por movimentos sociais, como Fetraf e MST, além de manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT). Eles estão reunidos em frente ao palácio do governo estadual e prometem ato no centro às 17h.

Em Belo Horizonte, cerca de 600 pessoas participaram nessa sexta-feira de ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além de alunos, também fizeram parte do protesto professores e integrantes do corpo técnico da escola, conforme informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes-MG). “Apesar do sol forte estávamos todos firmes na luta contra o golpe que está em curso no País”, disse a coordenadora-geral do sindicato, Cristina del Papa. Professores dos cursos de direito, comunicação e engenharia fizeram discursos de apoio ao governo.

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Nesta quinta-feira, 14, à noite, juristas e integrantes do Ministério Público fizeram ato também em favor da presidente na área externa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. No final da tarde, participantes de movimentos favoráveis ao impeachment de Dilma estacionaram veículos próximos ao local da manifestação Houve bate-boca entre assessores de deputados que apoiam a presidente e representantes de movimentos contrários ao governo. A Polícia Militar foi chamada para conter o tumulto.

 

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