Os professores da rede municipal realizaram assembleia na tarde desta quarta-feira (15) e decidiram pela continuidade da paralisação. De braços cruzados há mais de um mês, a categoria pede a retirada do artigo 9º da lei municipal 13.012/14, que permite ao Município a concessão de reajuste diferenciado aos profissionais que estiverem com seus vencimentos abaixo do piso nacional da categoria, e aumento linear de 13,01% com base no índice adotado pelo Ministério da Educação para a correção do piso nacional dos docentes. Realizada nesta quarta, a última rodada de negociação entre grevistas e Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) não representou maiores avanços para a solução do impasse.
Até o momento, o Executivo descarta a concessão de reajuste pedido pelo Sindicato dos Professores (Sinpro) e afirma que a medida representaria um gasto anual superior a R$ 30 milhões e levaria ao Município a descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Sobre o artigo 9º, a PJF defende a manutenção do gatilho que é visto como ferramenta que permite à Administração o cumprimento da Lei do Piso. Todavia, admite a possibilidade de negociar com os docentes – que alegam que o item integrante de legislação municipal irá quebrar o plano de carreira da categoria com o passar dos anos – uma readequação da redação do dispositivo.