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Políticos locais repercutem protestos contra o governo

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Os desdobramentos das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Partido dos Trabalhadores, realizadas nas principais cidades do Brasil ainda ecoam entre os políticos da cidade. Entre os detentores de mandato com domicílio eleitoral na cidade, pelo menos três parlamentares marcharam nas ruas em desagravo ao atual rumo do país e ao Governo federal. O presidente da Câmara, o vereador Rodrigo Mattos (PSDB), o deputado estadual Antônio Jorge (PPS) e o deputado federal Marcus Pestana (PSDB) postaram imagens de suas participações no protesto – os dois primeiros em Juiz de Fora, e Pestana, em Brasília. “As manifestações cívicas como as deste domingo e a defesa do correto papel das instituições nos distinguem do PT e nos fortalecem”, publicou Antônio Jorge no Facebook.

Espaço muito utilizado por aqueles que fomentaram a presença das pessoas nas manifestações nos dias que antecederam os protestos, a internet também foi a ferramenta utilizada pelos políticos para suas primeiras avaliações públicas dos atos que levaram milhões às ruas do país. “O Brasil será outro a partir da maior manifestação política da história”, declarou Pestana. Em contato feito com a reportagem, o tucano afirmou que a presença maciça dos manifestantes seria mais uma prova de que o ciclo do PT à frente do Governo federal. Pestana disse ainda que o impeachment da presidente Dilma deverá ser votado pela Câmara em até 60 dias, para depois ser encaminhado ao Senado. Com seu partido rumando para a oposição, o deputado federal Júlio Delgado (PSB) foi outro que classificou os atos públicos de domingo como algo histórico.

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Na outra ponta da representação local no Congresso, governistas também correram às redes sociais para ponderar sobre as manifestações de domingo. A deputada federal Margarida Salomão (PT) utilizou levantamento feito pelo Datafolha para rotular os protestos de “elitista”. Entre outros pontos, a pesquisa, que ouviu 2.262 pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, aponta que mais da metade dos presentes tem renda acima de cinco salários mínimos. “A elite brasileira, claramente minoritária, manifesta contra o governo Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores porque foram eles responsáveis pela maior escalada social das classes mais baixas da sociedade brasileira”, considerou a parlamentar petista. Também alinhado com o Governo, Wadson Ribeiro (PCdoB) preferiu mobilizar seus seguidores para ato em defesa de Dilma, Lula e do Governo federal, previsto para a próxima sexta-feira em várias cidades do país.

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À frente da Prefeitura a pouco mais de três anos, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB), que deve disputar a reeleição em outubro, também teceu comentários sobre as manifestações. Um movimento com a proporção que teve neste domingo não deve ser ignorado pelas lideranças políticas. Esse movimento é reflexo de um país com grave crise econômica e imobilização política”, considerou o peemedebista.

Segundo PM, cerca de 20 mil juiz-foranos participaram do ato (Foto: Fernando Priamo)

Manifestação em JF registra número recorde

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Assim como ocorreu em várias outras cidades, a manifestação contra o Governo federal em Juiz de Fora foi a maior desde que os atos anti-Dilma ganharam as ruas. Segundo a Polícia Militar (PM), até 20 mil juiz-foranos participaram do ato que, entre concentração, marcha e dispersão, teve duração de pouco mais de três horas. De acordo com a avaliação de integrantes de grupos que organizavam o protesto a adesão foi ainda superior com a estimativa de até 35 mil presentes. Nos quatro protestos similares realizados em 2015, o maior número de presentes havia sido registrado no dia 16 de agosto, quando até 20 mil pessoas participaram da mobilização segundo organizadores. Para a PM, o número de manifestantes na ocasião variou entre cinco e seis mil.

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Realizado na manhã de domingo, a manifestação transcorreu de forma tranquila, sem o registro de ocorrências policiais. No entanto, devido ao grande número de pessoas, o trânsito na região central ficou comprometido em vários momentos, prejudicando principalmente o fluxo dos ônibus que integram o transporte coletivo urbano. A manifestação teve início por volta das 10h da manhã de domingo e teve roteiro semelhante aos outros atos anti-Dilma. Assim, os manifestantes se concentraram na Praça Jarbas de Lery, no São Mateus, antes de seguirem em passeata pelas avenidas Itamar Franco e Rio Branco até o Parque Halfeld, quando a mobilização foi encerrada por volta das 13h.

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