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Pesquisadora da UFJF assume chefia no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania

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Fernanda diz que busca com o cargo a oportunidade institucional de trabalhar as memórias da escravidão e do tráfico como forma de fazer Justiça (Foto: UFJF)
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Fernanda Thomaz, professora e pesquisadora do departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) , foi convidada para assumir a coordenação de Memória e Verdade sobre a Escravidão e o Tráfico Transatlântico de Pessoas Escravizadas, no Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Fernanda também é pós-doutora pela Universidade de Ibadan, na Nigéria, e pelo Instituto Max Planck, na Alemanha.

Fundado em 1997, extinto em 2016 e recriado em 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é chefiado por  Silvio de Almeida e busca implementar, promover e assegurar os direitos humanos no Brasil, incluindo a formulação de políticas e promoção de ações voltadas a diversos grupos sociais. O setor assumido por Fernanda é um dos três eixos ligados à Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade.

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“A ideia é tratar a memória da escravidão, tanto tempo silenciada e apagada, como agente de criação, de produção cultural, história oral, patrimônio material e imaterial, como instrumento de combate ao racismo em busca de reparar as injustiças históricas”, conta a pós-doutora, que trabalha com temas relativos ao colonialismo, relações raciais, movimento de mulheres, memória, além de discutir temas relacionados a história social da justiça e relações de gênero e sexualidade.

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De acordo com Fernanda, a coordenação vai se construir com a escuta de várias pessoas que lidam com o tema, como intelectuais, líderes de movimentos sociais e educadores para “mapear as questões prioritárias que serão as bases para definir políticas que contemplem todo o Brasil”.

Além disso, um dos principais pontos seria abordar a reparação para pessoas que sofreram violência, que foram desumanizadas no passado, e a herança de experiências de violência do passado, que estruturam a realidade. “A proposta é reconstruir a ideia de escravidão contada pelos livros didáticos, que são muito engessados, criados para exaltar uma ‘branquitude’. É preciso lembrar que aquelas pessoas escravizadas viviam, reagiam, produziam conhecimento, práticas culturais, que constituem a nossa herança”, conta a nova coordenadora.

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