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João do Joaninho discursa em meio a vaias e aplausos na Câmara

Plenário ficou lotado de manifestantes; Polícia Militar esteve presente (Foto: Eduardo Maia/14-07-15)
Plenário ficou lotado de manifestantes; Polícia Militar esteve presente (Foto: Eduardo Maia/14-07-15)
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O plenário da Câmara Municipal de Juiz de Fora foi tomado por manifestantes pró e contra o vereador João do Joaninho (DEM). Nesta quarta-feira (14), valendo-se de um prerrogativa regimental, o parlamentar discursou durante 25 minutos no início da última sessão do período legislativo de julho. Em meio a vaias e gritos de apoio, Joaninho voltou a negar participação nos crimes pelos quais foi indiciado pela Polícia Civil, incluindo porte de arma e dois crimes ambientais. “Se amanhã eu tiver que sair dessa Casa, eu saio de cabeça erguida”, disse o vereador, que admitiu estar cansado da pressão que vem sofrendo do que chamou de “julgamento”, quando na verdade é apenas indiciado. “Estou cansado, não é fácil. Minha família está cansada, meus amigos estão cansados de imprensa, de protetores (dos animais) e da política suja que tem por trás disso tudo”, disse. “Peço que reflitam sobre os riscos de julgar alguém de forma acelerada, peço que reflitam sobre o peso e as consequências desse julgamento em caso de erro”, completou.

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Homens da Polícia Militar e da Guarda Municipal foram acionados para ocupar o plenário, mas não houve registro de confronto. O grupo contrário ao vereador é organizado por ativistas ligados aos direitos e proteção dos animais. Os manifestantes chegaram a pendurar uma faixa na grade do plenário e empunharam flâmulas com faces de capivaras. Já os manifestantes pró-Joaninho questionam as acusações contra o vereador.

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Joaninho voltou a negar que tivesse conhecimento dos animais abatidos na lancha e afirmou que apenas pegava uma carona na embarcação. Ele também negou que fugiu da polícia após ser abordado na represa de Chapéu D’Uvas e reiterou que buscou atendimento médico no hospital. Aos vereadores que integram a Comissão de Ética, que definirá o futuro político do vereador, João do Joaninho pediu que olhem o processo “com carinho”. “Procurem ver se as indagações da delegada têm algum fundamento. Só peço que analisem.”

 

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