A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) está sendo acusada de não repassar os recursos do Valora Minas, uma política de atenção hospitalar do Estado. Seria especificamente a verba do módulo “Valor em Saúde”, que compreende todos os hospitais de relevância microrregional, macrorregional e estadual.
A assessoria da vereadora Roberta Lopes (PL) emitiu um comunicado à imprensa, afirmando que ela protocolou um requerimento na Câmara Municipal, cobrando explicações sobre o caso. No entanto, o requerimento ainda não consta no sistema de consulta do Legislativo, e a equipe da parlamentar não retornou ao pedido da Tribuna pelos documentos mencionados.
O texto, que não expõe valores, alega que os recursos teriam sido recebidos pelo município no dia 6 de fevereiro, e ainda não teriam sido destinados às unidades de saúde. Segundo o comunicado, a situação estaria comprometendo o atendimento hospitalar, principalmente em especialidades de alto custo financiadas pelo programa estadual.
De acordo com Roberta, a Rede de Urgência e Emergência da Região Ampliada Sudeste também seria afetada, pois dependeria desses valores para os serviços de média e alta complexidade.
A vereadora teria pedido a notificação oficial da prefeita Margarida Salomão (PT), “para adotar providências imediatas, apurar responsabilidades e, se necessário, instaurar procedimento disciplinar”.
A Prefeitura de Juiz de Fora enviou nota à Tribuna, respondendo às acusações: “A Secretaria de Saúde informa que todas as notas fiscais fornecidas pelos Hospitais, referentes ao Valora Minas, estão quitadas”.
O comunicado da equipe de Roberta finaliza informando que foi solicitado acompanhamento do Ministério Público, “em razão de sua reincidência”. A Tribuna entrou em contato com o órgão, questionando se está ciente do comunicado e se será ou já foi aberto algum procedimento, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.