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Servidores da rede estadual de educação mantêm greve

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Deflagrada a partir da última terça-feira, a greve dos trabalhadores em educação da rede estadual de ensino foi mantida, por unanimidade, nesta sexta (14), em nova assembleia realizada em Belo Horizonte. A categoria questiona a ausência de diálogo com o Governo Romeu Zema (Novo) acerca de reivindicações como a valorização salarial, o pagamento integral do 13º salário e o cumprimento do piso salarial da classe – conforme as leis estadual 21.710/2015 e federal 11.738/2008. Entretanto, a Secretaria de Estado de Educação reafirma que mantém “um diálogo franco e aberto” com representantes sindicais. Os servidores da educação realizarão, na próxima quinta, nova assembleia para definir os rumos do movimento.

Trabalhadores em educação da rede estadual realizaram assembleia, nesta sexta (14), em Belo Horizonte, em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) (Foto: Yara Aquino/Reprodução)

Ao passo que os trabalhadores em segurança pública estão em vias de atingir recomposição inflacionária de seus vencimentos do período entre 2015 e 2020, os trabalhadores da rede estadual de ensino pleiteiam a abertura de negociações com representantes do Estado. “O Governo de Minas não marcou nenhuma negociação ainda. (…) Não somos contrários ao reajuste de nenhum segmento de servidores públicos. É justo que todo trabalhador tenha reajuste, mas achamos que o Governo de Minas precisa também reajustar o salário dos trabalhadores da educação. Temos um piso nacional da categoria que foi aprovado em 2009 mas não é cumprido. O que estamos reivindicando em termos salariais é que o Governo cumpra a Lei do Piso Nacional, o valor do piso, e suspenda o parcelamento do salário, que já acontece há quatro anos”, explica a coordenadora regional do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (Sind-UTE/MG) em Juiz de Fora, Victória Mello.

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Em nota à Tribuna, a Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) reitera a existência de “um diálogo franco e aberto com representantes sindicais”. “Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE/MG reforça que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e debatidas.” Quanto ao piso salarial, ao contrário do afirmado pela categoria, a SEE/MG sustenta que atende à legislação nacional. “A remuneração inicial na rede estadual é de R$ 2.135,64 para a carga horária vigente de 24 horas semanais. Considerando a proporcionalidade sobre o valor do vencimento básico, equivale a R$ 3.304,23 para uma jornada de 40 horas.”

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Conforme Victória, o comando de greve de Juiz de Fora e região se reunirá, na próxima segunda, para organizar a agenda local de mobilização. “Vamos fazer manifestações de rua para dialogarmos com a população. Explicar o que está acontecendo. Também (haverá) reuniões com os pais nas escolas. É importante que a comunidade escolar e a população conheçam a nossa greve, compreendam o porquê de nossa greve e nos apoiem nesta luta.”

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