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Kennedy e Pardal disputam presidência da Câmara de JF nesta sexta

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Os vereadores Kennedy Ribeiro (MDB) e Luiz Octavio Coelho (PTC) disputam a presidência da Câmara (Foto: Montagem/Arquivo TM)
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Os vereadores Kennedy Ribeiro (MDB) e Luiz Otávio Coelho (Pardal, PTC) devem disputar na manhã desta sexta-feira (14) a presidência da Câmara Municipal para o biênio 2019/2020. Ao menos é o que tudo indica, uma vez que as inscrições das chapas acontecem momentos antes da votação reservada aos 19 parlamentares que integram a atual legislatura. Assim, não há vedações para novas candidaturas, no entanto, tal possibilidade se mostra remota às vésperas do pleito. Reviravolta de última hora, todavia, não seria uma novidade na história das contendas pelo comando da Mesa Diretora. Também será escolhido quem ocupará as cadeiras de 1º e 2º vice-presidentes e 1º e 2º secretários.

De viés mais interno e de pouco ou quase nenhum debate público – a despeito do fato de o futuro presidente da Casa se tornar o primeiro na linha sucessória municipal em caso de ausência -, as articulações dos dois candidatos povoaram os bastidores do Poder Legislativo nos últimos meses. Até aqui, Pardal parece ter saído melhor nas articulações, uma vez que conseguiu registrar a assinatura de outros nove vereadores em apoio ao seu objetivo de chegar à Presidência. Os que subscreveram o documento foram Ana Rossignoli (MDB), André Mariano (PSC), Cido Reis (PSB), Carlos Alberto Mello (Casal, PTB), José Fiorilo (PTC), Júlio Obama Jr. (PHS), Charlles Evangelista (PSL), Sheila Oliveira (PSC) e Wanderson Castelar (PT). Com seu próprio voto, Pardal sustenta o favoritismo na disputa uma vez que pode somar dez, número suficiente para garantir a eleição.

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Correndo por fora, Kennedy tem o apoio do atual presidente da Câmara, o vereador Rodrigo Mattos (PHS), e da maioria dos integrantes da Mesa Diretora que hoje comanda o Poder Legislativo, uma vez que, a despeito das defecções de Obama e do próprio Pardal, tem o apoio dos vice-presidente José Márcio (Garotinho, PV) e Antônio Aguiar (MDB). Em busca de uma virada de cenário, Kennedy reforçou por diversas vezes ao longo desta semana que manterá sua candidatura até o último momento e ainda acredita que pelo menos um dos vereadores que subscreveram apoio a Pardal possa rever seu posicionamento até o momento da votação. Cabe lembrar que Rodrigo Mattos, que comandou a Mesa nos biênios 2015/2016 e 2017/2018 não pode tentar a reeleição por impedimentos regimentais e vai presidir sua última sessão plenária nesta sexta.

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Como ferramenta de argumentação, Kennedy tem dito que sua candidatura à Presidência da Câmara é pautada em propostas. Instado pela Tribuna no último dia 5 de dezembro, o vereador elencou quais seriam seus principais objetivos à frente da Mesa Diretora e apontou metas como a ampliação das políticas de transparência na Câmara; a autonomia e independência do Legislativo; e a garantia das liberdades democráticas, para que os movimentos sociais tenham todo o espaço de apresentarem suas demandas na Casa. Por sua vez, Pardal afirmou à reportagem que iria detalhar suas proposições para a chefia do Poder Legislativo municipal após findado o processo eleitoral, o que se dará nesta sexta-feira.

Articulações envolvem partidos

Além das articulações feitas pelos próprios candidatos, alguns partidos políticos se envolveram nas movimentações que se sucederam nas últimas semanas tendo como tema central as eleições para a Presidência da Câmara. O PT formalizou uma carta de intenções junto à candidatura de Kennedy que assumiu algumas bandeiras de interesse do partido caso vença a eleição, entre os pontos elencados estão questões como a ampliação das políticas de transparência na Câmara; a autonomia e independência do Legislativo; e a garantia das liberdades democráticas para que os movimentos sociais tenham todo o espaço de apresentarem suas demandas na Casa.

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Apesar do entendimento entre a candidatura de Kennedy e a direção municipal do PT, ainda não houve a consolidação da votação em bloco da bancada petista na candidatura do emedebista. Isto porque o vereador Wanderson Castelar (PT) – que divide a bancada com Roberto Cupolillo (Betão, PT) – é um dos signatários do ofício assinado por dez parlamentares em apoio da candidatura de Pardal. Nas últimas semanas, Castelar reafirmou o posicionamento em falas realizadas durante as sessões legislativas ocorridas no Palácio Barbosa Lima, sinalizando que não deve seguir a orientação de sua legenda no que diz respeito à defesa da candidatura de Kennedy.

Esta semana, o MDB também entrou nas articulações. Dono da maior bancada na atual legislatura – além de Kennedy, a legenda tem Ana Rossignoli, Antônio Aguiar e Marlon Siqueira -, o diretório municipal tentou construir um entendimento unificado em torno do nome de Kennedy. Até aqui, a única resistência é Ana, que também é signatária da carta de apoio a Pardal. Diante do impasse, chegou a ser oferecido à Ana a possibilidade de ser ela a candidata à presidência da Casa, de forma a garantir ao partido o comando do Legislativo alguns meses após ter perdido a chefia do Poder Executivo com a renúncia do ex-prefeito Bruno Siqueira (MDB). Na última quarta-feira, no entanto, Ana fez um discurso em que deu a entender que deve seguir ao lado de Pardal, apesar de se mostrar descontente por ser chamada de “traíra”, após ter se reunido com o MDB local para conversar sobre a sucessão no Palácio Barbosa Lima.

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