Manifestantes se reuniram na manhã deste domingo (13) na Praça Jarbas de Lery, no São Mateus, Zona Sul, para protestar contra o Governo Dilma Rousseff (PT) e pela continuidade do processo de impeachment. Embora a proposta inicial dos organizadores fosse sair em passeata até o Parque Halfeld, no Centro, o grupo permaneceu no local da concentração, encerrando o protesto pouco depois do meio dia. Segundo os organizadores, cerca de mil pessoas se reuniram, enquanto a PM afirmou que aproximadamente 300 pessoas compareceram ao local.
Vestidos em verde e amarelo e com faixas de protesto, eles criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de suspender o rito do impeachment no Congresso Nacional. O pedido de impedimento foi acatado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), no dia 2 de dezembro, a partir do parecer dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal.
Durante o protesto, houve também críticas ao programa de intercâmbio “Ciências sem fronteiras” e aos professores universitários. Do trio elétrico, o porta-voz do movimento “Muda Brasil” chegou a tratar os docentes de “canalhas” e disse que são os responsáveis por coagir alunos com bolsas. Uma professora universitária se aproximou dos organizadores e cobrou uma retratação em relação ao posicionamento. Após o episódio, o porta-voz do movimento se desculpou pela fala, dizendo que se referia àqueles que “seguem a cartilha do socialismo e do bolivarianismo, fazendo a cabeça dos estudantes.”.
De acordo com o presidente do Muda Brasil, Nelson Firmino, o protesto deste domingo foi apenas um “esquenta” e a proposta é, de forma unificada a outros movimentos nacionais, sair em passeata pelo impeachment após o recesso parlamentar. A possível data de mobilização é 13 de março.